Quem foi César Romero, artista que morreu após se engasgar em Salvador

César Romero dividiu sua vida profissional entre os ateliês de arte e o consultório, onde atuou como médico psiquiatra

Por Anna Caroline Santiago.

O artista plástico baiano César Romero de Oliveira Cordeiro morreu nesta quarta-feira (8), em Salvador, após se engasgar. Médico psiquiatra, crítico de arte e fotógrafo, Romero foi um símbolo da valorização da cultura nordestina.

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Segundo informações iniciais, ele estava sendo alimentado por uma cuidadora no momento do engasgo. A Polícia Civil informou que a morte foi constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). César ainda chegou a tentar ser reanimado por vizinhos, mas o artista não resistiu.

Quem foi César Romero, artista que morreu após se engasgar em Salvador.Foto: Divulgação

César Romero

Natural de Feira de Santana, Romero iniciou sua trajetória artística ainda jovem e oficializou sua carreira em 1967. Aos 17 anos, recebeu do governador Luiz Viana Filho o prêmio da 1ª Exposição Intercolegial de Artes Plásticas (EICAP).

Ao longo de mais de 50 anos de trajetória, participou de exposições e salões no Brasil e no exterior, acumulando premiações e reconhecimento. Em 78, ele foi homenageado com o título de Personalidade do Ano – Homem Destaque do Nordeste.

Carreira na medicina

Formado em Medicina, Romero dividiu por décadas sua rotina entre a psiquiatria e o ateliê de arte em Salvador. Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) lamentou o falecimento:

"É com profunda tristeza que o Cremeb recebe a notícia do falecimento do médico e artista César Romero de Oliveira Cordeiro. Aos amigos e familiares, expressamos nosso pesar e solidariedade."

César Romero não era casado e não tinha filhos. Ele deixa duas irmãs. 

Natural de Feira de Santana, Romero iniciou sua trajetória artística ainda jovem.Foto: Divulgação

Perdas na arte

A recente morte de Sebastião Salgado, aos 81 anos, um dos fotógrafos mais renomados do mundo, comoveu o cenário artístico.

Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior construiu uma carreira marcada por imagens em preto e branco que capturam com sensibilidade a vida humana, a natureza e o trabalho. Seu percurso profissional o levou a mais de 120 países, resultando em projetos icônicos como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis, obras que se tornaram referência na história da fotografia mundial.

Formado em economia, Salgado iniciou na fotografia em 1973. Em 1998, fundou o Instituto Terra, junto com a esposa, dedicando-se ao reflorestamento da Mata Atlântica e à promoção da restauração ambiental.

Em uma de suas declarações mais emblemáticas, ao receber um prêmio em Londres, Salgado disse: “A fotografia é o espelho da sociedade”. E completou: “Um fotógrafo tem o privilégio de estar onde as coisas acontecem. Em uma exposição como esta, as pessoas me chamam de artista, e eu digo que não, sou fotógrafo. É um grande privilégio ser um fotógrafo. Tenho sido um emissário da sociedade da qual faço parte”.

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