É seguro usar remédio sem receita? Farmacêutico esclarece dúvidas sobre automedicação

Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data indicou que 32% dos brasileiros dizem usar medicamentos sem prescrição médica. Divulgado em janeiro, o estudo apontou que a maioria do uso indiscriminado de medicamentos é para aliviar dores de cabeça. O farmacêutico Danilo Suque esclarece dúvidas sobre automedicação. Quais os perigos? Suque afirma que tomar remédios sem prescrição médica pode agravar doenças ao disfarçar sintomas. "No caso de um antibiótico, a atenção deve ser redobrada; o uso abusivo destes fármacos pode favorecer o aumento da resistência de microrganismos, comprometendo a eficácia dos tratamentos”, diz o profissional da clínica Assiste Vida. O uso equivocado de remédios, diz Suque, pode desencadear reações alérgicas, dependência química ou até a morte. O que não fazer?  De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais da metade de todos os medicamentos tomados no mundo são prescritos, dispensados ou vendidos inadequadamente ou usados de forma errada. O farmacêutico alerta para a combinação inadequada de várias substâncias. "O uso de um medicamento pode interagir, anular ou potencializar o efeito do outro", explica o profissional. Qual remédio podemos tomar sem prescrição?  Nem todo medicamento precisa de prescrição médica. Esse é o caso dos "MIPs", sigla para Medicamentos Sem Prescrição. "São aqueles que estão disponíveis nas gôndolas e prateleiras das drogarias, diferentemente daqueles com tarja preta ou vermelha, que exigem receita e ficam atrás dos balcões", diz o farmacêutico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) usa sete critérios para classificar um MIP: 1 - Tempo de comercialização; 2 - Segurança; 3- Sintomas identificáveis; 4 - Utilização por curto período de tempo; 5 - Ser manejável pelo paciente; 6 - Apresentar baixo potencial de risco; 7 - Não apresentar potencial de causar dependência. Como usar um MIP? O farmacêutico explica que, para fazer uso de um medicamento sem prescrição médica de forma segura, é preciso seguir todas as orientações da bula com responsabilidade, com atenção para os sintomas e as contraindicações. "Verifique se há alguma contraindicação específica para você e principalmente respeite as orientações da bula e embalagem. Se os sintomas persistirem, você deve procurar um médico imediatamente", afirma o profissional. LEIA MAIS: Sabadou com saúde! Serviços médicos serão oferecidos para mulheres em Salvador; confira informações Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!