Plástico na cozinha pode aumentar risco de câncer e infertilidade

Objetos feitos com plásticos pretos reciclados, em especial, podem liberar substâncias químicas tóxicas

Por Da Redação.

Presentes em quase todas as cozinhas, recipientes e utensílios de plástico são vistos como práticos e baratos, mas pesquisas recentes indicam que eles podem representar riscos à saúde. Objetos feitos com plásticos pretos reciclados, em especial, podem liberar substâncias químicas tóxicas, muitas vezes provenientes de lixo eletrônico.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

Composição e riscos dos plásticos

Os plásticos são formados por diferentes tipos de polímeros e contêm aditivos químicos, como corantes, plastificantes e retardantes de chama. Quando expostos ao calor, alimentos, microrganismos ou resíduos ambientais, essas substâncias podem migrar para os alimentos e, consequentemente, para o organismo humano.

Quais utensílios oferecem maior perigo?

- Espátulas de plástico preto: podem conter metais pesados e retardantes de chama herdados da reciclagem de lixo eletrônico.
- Tábuas de corte de plástico: liberam microplásticos, partículas invisíveis que podem ser ingeridas sem percepção.
- Recipientes plásticos aquecidos no micro-ondas: podem transferir compostos nocivos aos alimentos.

Esses elementos estão associados a riscos como câncer, infertilidade, neurotoxicidade e desregulação hormonal.

Foto: Ilustrativa/Pexels

Plástico preto: reciclado, mas potencialmente perigoso

O plástico preto é comum em utensílios de cozinha, embalagens de alimentos e até brinquedos infantis. No entanto, grande parte dele é produzido a partir de resíduos eletrônicos reciclados, que contêm substâncias tóxicas. Um estudo recente detectou retardantes de chama em 85% dos 203 produtos testados, indicando o uso de material reciclado de origem questionável.

Crianças são mais vulneráveis

Segundo a professora Jane van Dis, da Universidade de Rochester (EUA), crianças são especialmente suscetíveis a esses compostos devido ao seu desenvolvimento corporal. "Essas substâncias são desreguladores endócrinos, ou seja, podem interferir no sistema hormonal e causar diversos problemas de saúde", explica.

Pesquisas já identificaram retardantes de chama no leite materno nos EUA, além de contaminação por poeira doméstica e alimentos. Brinquedos de plástico, quando mastigados, podem liberar toxinas que afetam o desenvolvimento cerebral e reprodutivo infantil.

Microplásticos nos alimentos: riscos desconhecidos

Um estudo recente simulou a ingestão diária de microplásticos por meio de tábuas de corte, revelando inflamação intestinal e alterações na microbiota em camundongos. Katrina Korfmacher e Christy Tyler, diretoras do Lake Ontario MicroPlastics Center, alertam que o preparo de refeições pode contribuir para o acúmulo de microplásticos no corpo, mas os efeitos a longo prazo ainda são incertos.

Foto: Ilustrativa/Pexels

Como reduzir a exposição?

Especialistas recomendam:

- Substituir utensílios de plástico preto por opções de madeira ou aço inoxidável.
- Evitar aquecer alimentos em recipientes plásticos no micro-ondas.
- Lavar bem as mãos e superfícies após contato com embalagens plásticas.
- Impedir que crianças mastiguem brinquedos de plástico, principalmente os coloridos ou escuros.

Chamado por políticas públicas mais rígidas

Especialistas defendem a necessidade de regulamentações que impeçam o uso de lixo eletrônico na fabricação de produtos de consumo, especialmente aqueles em contato com alimentos ou crianças. Enquanto isso, consumidores são aconselhados a optar por alternativas mais seguras no dia a dia — afinal, o risco pode estar presente até no prato das refeições cotidianas.

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Com informações do SBT News

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