Pfizer já está preparando vacina anticovid especial contra a variante ômicron, diz CEO da empresa
A nova variante, que foi detectada pela primeira vez na África do Sul, está sendo classificada como "preocupante" pela OMS,
A variante ômicron do coronavírus, que tem levado o fechamento de aeroportos e uma nova ondas de casos na Europa, pode estar com os dias contados. Ainda não há nenhum indício de que as vacinas contra a Covid-19 sejam ineficazes contra a variante, mas o laboratório Pfizer já se adiantou e informou que está fazendo uma vacina específica para a ômicron.
Nesta segunda-feira (29/11), o CEO da Pfizer, Albert Bourla, anunciou a nova versão. Segundo o executivo informou ao UOL, trata-se de de uma medida de precaução, caso o imunizante atual não seja suficientemente eficaz contra a nova variante.
"Ainda há muitas questões em aberto", disse ele, em torno da nova variante detectada na África do Sul. "Ficaremos a par do que é essencial saber dentro de algumas semanas", completou. "Precisamos realizar testes para avaliar a eficácia das vacinas atuais, desenvolvidas em parceria com a BioNTech, contra a ômicron", acrescentou.
Ele enfatizou que a empresa está se antecipando a necessidade. "Mas, se a vacina atual proteger menos e houver a necessidade de criar um novo imunizante, nós já iniciamos esse trabalho na sexta-feira. Já temos nosso primeiro modelo de DNA, que é a primeira etapa do desenvolvimento de uma nova vacina", explicou. O CEO da Pfizer assegurou, entretanto, ter confiança na vacina que é atualmente distribuída no mercado, "porque conseguimos obter a dose correta já no início."
No ano passado, a Pfizer criou duas versões de sua vacina em menos de cem dias contra as variantes Delta e Beta, que não precisaram ser utilizadas. Se necessário, o soro contra a ômicron pode estar pronto para uso em 95 dias, disse o executivo da Pfizer.
O grupo assegurou que tem capacidade para produzir quatro bilhões de doses da vacina à base de RNA mensageiro no próximo ano. O laboratório Moderna, que também produz um imunizante contra a Covid-19, também anunciou sua intenção de desenvolver um reforço específico para a ômicron.
O CEO da Pfizer citou a pílula anticovid desenvolvida pelo laboratório como uma arma para tratar a doença. O medicamento demonstrou uma eficácia de 89% contra as hospitalizações e mortes durante os testes clínicos.
A pílula, afirma Bourla, também foi criada para lutar contra as mutações. "Estou confiante na capacidade da pílula de agir contra as mutações", afirmou. "Não podemos nos esquecer que a situação epidêmica é diferente quando você tem um tratamento que reduz de 10 para uma o número de pessoas que precisam de hospitalização", acrescentou.
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