OMS diz que não pode obrigar vacinação no Brasil após declaração de Bolsonaro
OMS diz que não pode obrigar vacinação no Brasil após declaração de Bolsonaro
A Organização Mundial da Saúde declarou nesta terça-feira (20/10) que não tem o poder de obrigar a vacinação a nenhum país, mas insistiu sobre os benefícios da imunização.
A declaração ocorre um dia depois que o presidente Jair Bolsonaro insistiu que a vacinação contra a covid-19 não será obrigatória. "A vacina contra o Covid — como cabe ao Ministério da Saúde definir esta questão — ela não será obrigatória", disse Bolsonaro.
Questionada sobre a situação no Brasil, Margaret Harris, porta-voz da OMS, explicou que a imunização é um assunto que precisa ser "decidido dentro dos países". "Não impomos exigências", indicou. Ela, porém, apontou como a OMS publicou guias sobre os benefícios da vacinação.
De acordo com o Portal Uol, o governo brasileiro havia fechado um acordo com americanos e europeus para incentivar o mundo a uma campanha pró-vacinação. O assunto havia entrado na agenda do governo federal de forma prioritária.
Em fevereiro de 2020, o presidente ainda assinou uma lei em que estipula que "para enfrentamento da emergência de saúde pública, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, a determinação de realização compulsória de vacinação ou outras medidas profiláticas".
O assunto já pautava a agenda externa do Brasil. Naquele encontro em maio, Mandetta defendeu que a vacina teria de ser "universal e estar na agenda de todos os povos do mundo". "Ela é um patrimônio. Enquanto o mundo tiver crianças que precisem de vacinas, nós não podemos deixá-las a mercê de especulações fantasiosas sobre vacinas", declarou.
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