Ministro da Saúde afirma que, se Anvisa aprovar, Sputnik será incluída em campanha de vacinação brasileira
Nesta semana, a Anvisa não liberou a importação da vacina russa, o que levou Moscou a acusar a agência de estar "mentindo" e ameaçar com processos.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30/4), ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS), que uma inclusão da vacina russa Sputnik V na campanha de imunização do país depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesta semana, a agência não liberou a importação da vacina russa, o que levou Moscou a acusar a Anvisa de estar "mentindo" e ameaçando abrir processos judiciais.
"O Brasil tem um marco regulatório estabelecido. A Anvisa tem autonomia e diretores são técnicos e tem capacidade de resistir às pressões políticos, que são normais", disse Queiroga. Ele citou que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com Vladimir Putin, presidente russo. "Assim que Anvisa aprovar, vai ser incluído (no portfólio de vacinas)".
Ele ainda destacou o fato de a Anvisa ser reconhecida internacionalmente. "Vamos aguardar para que, então, o Ministério da Saúde tome decisão", afirmou. Na ocasião, Quiroga ainda fez um apelo aos países que tenham doses extras de vacina contra a Covid-19 para que dividam com o Brasil, "para que possamos avançar com nossa ampla campanha".
OMS
Da parte da OMS, a vice-diretora da entidade, Mariângela Simão, também elogiou a Anvisa e diz que Sputnik V ainda está sob exame da entidade.
De acordo com ela, os russos apresentaram as primeiras informações em 9 de fevereiro e, em abril, uma primeira missão foi enviada para a Rússia. Agora em maio, uma equipe conjunta d OMS e da Agência de Medicamentos da UE fará inspeções em quatro locais de produção de vacina.
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