Homens preferem ver o time perder a falar sobre exame de próstata, diz pesquisa

Mais de 38% dos homens afirmam preferir enfrentar situações estressantes, como ver o time perder ou ficar preso no trânsito, a conversar sobre a saúde da próstata

Por Bruna Castelo Branco.

Mais de um terço dos homens (38%) afirma preferir enfrentar situações estressantes, como ver o time perder ou ficar preso no trânsito, a conversar sobre a saúde da próstata. A informação é de uma pesquisa conduzida pela organização de saúde norte-americana Orlando Health.

O levantamento, feito de forma online com mais de mil homens adultos nos Estados Unidos, revela um cenário preocupante: a resistência em discutir o tema pode atrasar o diagnóstico e o tratamento de doenças graves, como o câncer de próstata.

Mais de 38% dos homens afirmam preferir enfrentar situações estressantes, como ver o time perder ou ficar preso no trânsito, a conversar sobre a saúde da próstata. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Segundo o urologista Jay Amin, do Orlando Health, o aumento da próstata é uma consequência comum do envelhecimento. “Isso pode ser devido à genética ou à forma como a próstata cresce em relação a certos hormônios no corpo”, explica o médico em comunicado à imprensa.

Entre os sinais de alerta estão frequência urinária aumentada, urgência ou dificuldade para urinar. Mesmo com sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida, muitos homens evitam procurar um médico devido a tabus — especialmente em relação ao exame de toque retal, fundamental para o rastreamento precoce do câncer de próstata.

A doença, recentemente, causou a morte de Miguel Ángel Russo, treinador do Boca Junior. Aos 69 anos, o técnico estava afastado dos jogos do time argentino e se tratava em casa. No último mês de maio, o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata que se espalhou para os ossos.

Tratamentos e mitos

Especialistas destacam que o tratamento do câncer de próstata não envolve o uso de hormônios femininos. São utilizados bloqueadores da produção de testosterona, já que o hormônio estimula o crescimento do tumor. A chamada castração química é temporária e reversível, feita com medicamentos, sem remoção de órgãos como os testículos.

O levantamento, feito de forma online com mais de mil homens adultos nos Estados Unidos, revela um cenário preocupante. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Apesar de possíveis efeitos colaterais, como incontinência urinária e disfunção erétil, esses quadros costumam ser tratáveis e reversíveis.

Entre as opções terapêuticas, o procedimento HoLEP — que remove o excesso de tecido prostático com laser de hólmio — se destaca por ser minimamente invasivo, realizado pela uretra e com pouca dor e rápida recuperação.

Para evitar complicações, Jay Amin reforça a importância da atenção aos sintomas urinários e do diálogo aberto com profissionais de saúde. “O aumento da próstata afeta aproximadamente 60% dos homens aos 60 anos, chegando a 80% aos 80 anos”, alerta o urologista.

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