Gripe K: entenda o que é a variante da influenza identificada no Brasil

Gripe K foi detectada em amostras no Pará e segue sendo monitorada pelas autoridades de saúde

Por Ananda Costa.

A gripe K, subclado do vírus Influenza A (H3N2), foi identificada pelo Ministério da Saúde em amostras analisadas no estado do Pará. A confirmação consta no Informe de Vigilância das Síndromes Gripais, referente à Semana Epidemiológica 49, divulgado em 12 de dezembro.

Entenda gripe K. Foto: Freepik

De acordo com o ministério, a gripe K não representa um vírus novo, mas sim uma variação genética do Influenza A (H3N2), já conhecido por causar surtos sazonais. Os subclados identificados no Brasil já circulavam anteriormente em países da América do Norte, Europa e Ásia.

O que é a gripe K

A gripe K é causada pelo vírus influenza, do tipo A, que historicamente está mais associado a quadros mais intensos da doença. O subclado K corresponde a uma modificação genética do H3N2 e faz parte do processo natural de evolução do vírus, monitorado de forma contínua pelas autoridades de saúde.

Os sintomas da gripe K são semelhantes aos observados em outras gripes sazonais. Entre os principais estão febre, dor no corpo, tosse e cansaço. Em alguns casos, pode haver agravamento rápido do quadro, com dificuldade para respirar, situação que exige avaliação médica imediata.

Alerta das autoridades de saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) associou o subclado K ao aumento de casos de influenza no Hemisfério Norte, onde o inverno favorece a circulação de vírus respiratórios. Após esse comunicado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou os países das Américas para a possibilidade de uma temporada de influenza em 2026 mais precoce ou mais intensa.

A Opas recomenda que os países reforcem a vigilância epidemiológica, mantenham elevada cobertura vacinal, garantam o diagnóstico oportuno e organizem os serviços de saúde para lidar com uma eventual sobrecarga, especialmente em períodos de maior circulação de vírus respiratórios.

Prevenção

Foto: Paulo Pinto | Agência Brasil

Segundo o Ministério da Saúde e organismos internacionais, a vacinação segue sendo a principal estratégia para prevenir casos graves e mortes por influenza. A orientação é que idosos, pessoas com comorbidades e outros grupos de risco mantenham o esquema vacinal atualizado. Medidas como higiene das mãos e atenção aos sintomas também contribuem para reduzir a transmissão da doença.

Vacina da gripe: é seguro se vacinar gripado

 uma dúvida comum surge durante a campanha de vacinação: "Posso me vacinar mesmo gripado?"

Para responder à pergunta, o infectologista Robson Reis explica que é importante identificar se os sintomas apresentados são de resfriado ou gripe.

Segundo o Ministério da Saúde, as duas doenças não são a mesma coisa. A gripe é uma infecção respiratória aguda, causada pelo vírus Influenza, e pode ser grave. Os principais sintomas incluem:

Febre alta

Dor de garganta

Tosse

Dores no corpo

Dor de cabeça

Fraqueza

Mal-estar

Já o resfriado, apesar de apresentar sintomas semelhantes, costuma ser mais leve e de curta duração. Ele é causado por outros vírus respiratórios e geralmente provoca apenas coriza, dor de garganta leve e, às vezes, febre baixa.

Quando adiar a vacinação?

Em relação à vacinação, o infectologista recomenda que, mesmo em casos de resfriado leve, o ideal é aguardar a recuperação antes de se vacinar. Isso porque o imunizante pode provocar reações adversas, que podem ser confundidas com os sintomas já existentes.

Vacina da gripe deixa gripado?

Foto: Pexels

A vacina contra a gripe (Influenza) está liberada para toda a população a partir dos seis meses de idade na Bahia. Com o início da nova campanha de imunização, uma série de dúvidas recorrentes volta a circular, como: “Posso ficar doente ao tomar a vacina?”

Para esclarecer a população e incentivar a adesão à campanha, o Aratu On reuniu algumas das perguntas mais comuns, respondidas pelo Ministério da Saúde. Confira:

Embora a dúvida seja comum, o Ministério da Saúde explica que isso não acontece. A vacina é feita com fragmentos de vírus inativados (ou seja, mortos), o que impossibilita o desenvolvimento da gripe a partir do imunizante.

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