Sono acumulado? Veja o que acontece com o cérebro após noites sem dormir

Existe "sono acumulado"? Depois de um longo período de festas, como o São João, como se recuperar de várias noites sem dormir?

Por Da Redação.

Existe "sono acumulado"? Depois de um longo período de festas, como o São João, como se recuperar de várias noites sem dormir? A privação de sono é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode ter impactos duradouros, mesmo entre os mais jovens.

Um estudo, feito com 13 adultos na faixa dos 20 anos, indicou que sete noites de sono irrestrito não foram suficientes para restaurar plenamente o desempenho cognitivo após um período de dez noites dormindo 30% menos do que o necessário.

O trabalho avaliou tempo de reação, precisão e outras tarefas cognitivas após o período de recuperação. Em uma análise laboratorial, pessoas que dormiam menos de seis horas por noite durante duas semanas apresentaram desempenho cognitivo e reflexos tão prejudicados quanto indivíduos privados de sono por duas noites seguidas – mesmo que acreditassem estar bem.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

O motivo, segundo especialistas, é que o cérebro precisa de ciclos de sono ininterruptos para consolidar memórias, aprender novas habilidades e realizar a reparação celular do organismo. A falta de sono afeta diretamente a atenção, a criatividade, a capacidade de resolver problemas e a tomada de decisões.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), ficar acordado por 18 horas seguidas prejudica a capacidade de dirigir de forma semelhante a uma pessoa com concentração de álcool no sangue de 0,05%. Após 24 horas sem dormir, o impacto chega ao equivalente a 0,10%, bem acima do limite legal nos EUA, de 0,08%.

Pesquisas também apontam ligações entre a privação de sono e doenças mais graves. Um estudo de 2017 mostrou que uma única noite mal dormida pode aumentar a produção de beta-amiloide, proteína associada ao Alzheimer. Outro levantamento, publicado em junho, revelou que adultos mais velhos com dificuldades significativas para dormir ou com despertares frequentes durante a noite têm maior risco de desenvolver demência ou morrer precocemente.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

O tamanho do problema

Segundo o CDC, entre sete e dez horas de sono por noite são recomendadas, dependendo da idade. No entanto, um em cada três americanos não atinge esse tempo mínimo. Além disso, entre 50 milhões e 70 milhões de pessoas nos Estados Unidos convivem com distúrbios do sono, como apneia, insônia e síndrome das pernas inquietas.

A instituição classifica a privação de sono como um “problema de saúde pública”, relacionado a uma série de doenças, incluindo hipertensão, obesidade, imunidade reduzida, depressão, diabetes, acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e até problemas de saúde mental, como paranoia e alterações de humor.

Prevenção e cuidados

Entre as medidas para melhorar a qualidade do sono estão evitar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regulares, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol. Outro ponto importante é adotar uma boa “higiene do sono”, o que inclui estabelecer uma rotina para a hora de dormir, com atividades relaxantes e sem o uso de aparelhos eletrônicos como TV e celular ao menos uma a duas horas antes de ir para a cama.

Foto: Ilustrativa/Pexels

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