Estudo do Lacen revela que 23 linhagens diferentes do coronavírus circulam na Bahia com predominância da variante P1
A P1 é caracterizada como uma cepa mais agressiva do ponto de vista da transmissibilidade e possibilidade de agravamento mais rápido da infecção.
Um estudo do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) revelou que 23 linhagens diferentes do SARS-CoV-2 circulam de forma simultânea no estado, ao longo do tempo, com predominância de circulação da P1 em 85% das amostras. A P1 é caracterizada como uma cepa mais agressiva do ponto de vista da transmissibilidade e possibilidade de agravamento mais rápido da infecção.
Durante nove meses, a equipe do Lacen-BA realizou o sequenciamento de genomas completos do SARS-CoV-2 provenientes de pacientes com sintomas de infecção por Covid-19 dos nove núcleos regionais de saúde da Bahia: Sul, Leste, Norte, Sudoeste, Oeste, Nordeste, Centro-Norte, Centro-Leste e Extremo Sul com amostras em residentes em 121 municípios.
“Os dados sugerem que a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do vírus da Covid 19 e das novas variantes, portanto distanciamento social e medida de restrições ainda continuam sendo essenciais para tentarmos minimizar a circulação deste patógeno no Estado e no País”, afirmou o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.
Ainda conforme Vilas-Boas, mais esforços de sequenciamento são necessários para geração de novos dados genéticos que irão permitir a obtenção de mais informaçõs sobre a disseminação do vírus no estado. O secretário ressaltou a importância de frear o contágio da doença, evitando que o vírus se multiplique e se modifique a cada transmissão, evitando o surgimento de novas cepas.
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