Na Semana Santa, crescem casos de engasgo com espinha de peixe; saiba o que fazer

Diante do engasgo, o otorrinolaringologista orienta a manter a calma e evitar ritos populares

Por Mateus Xavier.

Na Semana Santa, crescem casos de engasgo com espinha de peixe; saiba o que fazerDivulgação

O consumo de peixes durante a Semana Santa cresce em todo o Brasil e, neste período, os casos de engasgos por conta das espinhas de peixe se tornam mais comuns. As ocorrências podem resultar em lesões em órgãos internos e dificuldade de engolir, entre outros sintomas que demandam assistência médica de emergência, alerta o otorrinolaringologista Ricardo Dourado, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), que deu dicas de como agir nesta situação.

O QUE FAZER 

Diante de um quadro de engasgo, o otorrinolaringologista orienta a manter a calma e evitar seguir alguns ritos populares, como comer pão, farinha, qualquer outro alimento sólido ou ingerir uma quantidade extensa de líquidos na tentativa de mover a espinha, pois essas práticas podem prejudicar a localização do fragmento.

O especialista da ABORL-CCF esclarece que, em muitos casos, a espinha fica presa na região das amígdalas e pode ser retirada em consultório ou ambiente hospitalar, onde o médico possui técnicas adequadas e utensílios especiais.

PERFIS MAIS ATINGIDOS

Segundo o médico, entre os grupos de maior risco estão as crianças, que ainda não possuem total maturidade de deglutição, e os idosos, que muitas vezes enfrentam dificuldade de mastigação por ter a dentição comprometida.

"As espinhas de peixe são um tipo de corpo estranho pontiagudo capaz de perfurar o céu da boca, a garganta (faringe), o esôfago e até outros órgãos. Elas são muito finas e podem passar despercebidas na mastigação. Por isso, é preciso inspecionar bem o alimento para retirá-las antes de levá-lo à boca, dividi-lo em pequenas porções e mastigar muito bem o peixe para reduzir as chances de engasgo", orienta Dourado.

Não é sempre que engolir um fragmento desses gera complicações. Ele pode passar pelo organismo e ser eliminado nas fezes, sem efeitos colaterais. Mas, dependendo do seu tamanho, pode causar lacerações internas, explica o especialista.

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