Dia do Orgasmo: saiba quem tem mais facilidade pra chegar lá
O Dia do Orgasmo foi criado como uma forma de promover o diálogo aberto sobre saúde sexual e prazer
Por Dinaldo dos Santos.
Nesta quinta-feira, 31 de julho, é comemorado o Dia do Orgasmo. A data, que surgiu como uma forma de promover o diálogo aberto sobre saúde sexual e prazer, convida homens e mulheres a refletirem sobre sua intimidade e autoconhecimento.
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Mas além da celebração, a pergunta que sempre aparece é: afinal, quem chega ao orgasmo com mais facilidade: homens ou mulheres?
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A resposta, segundo especialistas, revela uma desigualdade sexual que vai além do físico. Estudos em sexualidade apontam que os homens têm mais facilidade em atingir o orgasmo durante uma relação sexual, enquanto muitas mulheres ainda enfrentam barreiras sociais, emocionais e até educacionais, que dificultam essa experiência.
O que revelam especialistas?
Um estudo publicado, em julho de 2024, na revista científica Journal of Sexual Medicine apontou que homens relatam ter até 30% mais orgasmos do que mulheres. O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Indiana e da Universidade Texas Tech, nos Estados Unidos, e da Universidade Concórdia, no Canadá.
A pesquisa aponta que a chamada “lacuna do orgasmo”, fenômeno atribuído às diferenças em chegar ao prazer sexual entre gêneros e orientações sexuais, já é bem demonstrado por pesquisas científicas há pelo menos 20 anos.
De um modo geral, os estudos indicam que homens relatam mais orgasmos do que mulheres e, entre o sexo feminino, mulheres lésbicas ou bissexuais relatam mais do que as heterossexuais.
O tema da “lacuna do orgasmo” foi abordado em um artigo recente da professora de Psicologia da Universidade da Flórida, nos EUA, Laurie Mintz, publicado no site The Conversation.
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Nele, a pesquisadora, que conduz trabalhos sobre o tema e escreveu um livro que aborda o problema, explora as possíveis explicações para as diferentes taxas.
Ela cita que é comum atribuir o fenômeno a distinções na anatomia de cada gênero, já que a glande do pênis é altamente sensível e, por isso, os homens conseguem chegar mais facilmente ao orgasmo com movimentos simples quando o sexo envolve apenas a penetração.
No entanto, ela destaca que, se essa fosse a única possibilidade, não haveria uma taxa de orgasmo maior entre mulheres que se relacionam com outras mulheres.
O que mostra que a diferença está na forma como a relação sexual é conduzida, com o foco exclusivo na penetração.
No Brasil, levantamentos semelhantes apontam uma realidade parecida: os homens atingem o clímax com mais frequência, enquanto muitas mulheres relatam que fingem orgasmo ou simplesmente "desistem" dele durante a relação.
Dia do Orgasmo: o que influencia o ápice da relação?
A disparidade pode ser explicada por diversos fatores:
Diferenças anatômicas - O orgasmo masculino está diretamente ligado à ejaculação, enquanto o feminino envolve estímulos mais variados, como o clitóris, que muitas vezes é ignorado durante o sexo.
Cultura e educação sexual - A sexualidade feminina ainda é cercada de tabus. Muitas mulheres crescem sem conhecer o próprio corpo, sem estímulo ao autoconhecimento ou com culpa em relação ao prazer.
Desigualdade nas relações - Em muitas dinâmicas heterossexuais, o foco da relação está mais no prazer masculino, o que contribui para uma “corrida” que termina antes da mulher estar pronta.
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