Compras compulsivas afetam 8% da população mundial; conheça os sinais
O desejo incontrolável de comprar, impulsivo e repetitivo, afeta cerca de 8% da população mundial, segundo a OMS
Por Bruna Castelo Branco.
O desejo incontrolável de comprar, impulsivo e repetitivo, afeta cerca de 8% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O transtorno, conhecido como oniomania, costuma surgir como tentativa de aliviar ansiedade, frustração e estresse, mas evolui para um vício com consequências emocionais e financeiras significativas. Com informações do SBT News.
Especialistas afirmam que o comportamento se intensificou nos últimos anos, especialmente após as mudanças impostas pela pandemia, período em que milhões de pessoas passaram mais tempo em casa e consumiram mais conteúdo digital. O resultado, segundo estudiosos, foi a expansão do vício em compras on-line — um hábito que cresceu e não voltou aos níveis anteriores.

O que é a oniomania
A oniomania é caracterizada por desejo intenso e contínuo de comprar, perda de controle, arrependimento imediato e alívio emocional breve, seguido por culpa. O ato de consumir funciona como tentativa de preencher vazios emocionais ou neutralizar sentimentos negativos, mas o efeito é passageiro, reiniciando o ciclo compulsivo.
No Brasil, não há levantamentos recentes sobre a incidência do transtorno, mas profissionais de saúde mental relatam aumento na busca por atendimento especializado.

Tecnologia reforça comportamento compulsivo
Com o avanço das plataformas digitais, o consumo passou a alcançar o usuário de forma permanente. E-commerce, redes sociais e anúncios personalizados levam ofertas diretamente ao consumidor, com promoções relâmpago, descontos e sugestões baseadas no histórico de navegação. Esse ambiente cria um cenário propício para quem já tem predisposição à compulsão.
Tratamento
O acompanhamento envolve apoio psicológico e psiquiátrico, além de mudanças de comportamento. Entre as recomendações de especialistas estão:
- Acompanhamento terapêutico;
- Desenvolvimento de novas estratégias emocionais;
- Limitação de estímulos digitais;
- Organização financeira e apoio familiar.
Segundo profissionais da área, tratar a compulsão significa também aprender a resistir a um ambiente que incentiva o consumo contínuo.

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