Competência e capacidade do SUS para lidar com pandemia são defendidas por 61% dos brasileiros, diz pesquisa
Confiança no SUS aumentou para 35% da população durante a pandemia.
O Sistema Unificado de Saúde (SUS) tem competência e capacidade para lidar melhor com os problemas na pandemia para 61% dos brasileiros. Esse resultado é da última pesquisa Exame/Ideia, divulgada nessa sexta-feira (9/4), que mostrou ainda que 39% acreditam que a rede privada é a melhor opção.
Os pesquisadores perceberam que a confiança no SUS aumentou para 35% da população durante a pandemia. “Cerca de 48% dos entrevistados mudaram suas percepções sobre as instituições brasileiras durante a pandemia. Para 36%, aumentou a confiança no SUS. Esse resultado mostra a importância do SUS no imaginário da opinião pública” diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.
A análise aponta, também, que 51% dos que ganham até um salário-mínimo passaram a confiar mais no SUS durante o período conturbado em que vivemos. O levantamento ouviu 1259 pessoas entre os dias 5 e 7 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
EMPRESA
A relação com as empresas privadas, que lutam na justiça para comprar, vender e aplicar vacinas sem a cooperação com o SUS, também foi questionada. Aproximadamente 66% confirmam que as empresas privadas brasileiras deveriam focar mais em doar equipamentos e recursos para ajudar a população.
Para 40%, o melhor jeito de as empresas privadas brasileiras ajudarem na gestão pública da pandemia é doando equipamentos e insumos médicos para hospitais. Outros 23% alegam ser por meio da compra de vacinas, imunizando seus funcionários e familiares, enquanto 21% dizem que doando alimentos e itens de primeira necessidade para os mais pobres. Por fim, 15% respondeu que deveriam comprar vacinas e doar para o SUS para imunizar a população em geral.
“Para 65% dos entrevistados, as empresas privadas devem focar na doação de recursos e equipamentos neste momento delicado da pandemia: 40% responderam que os hospitais deveriam ser os principais beneficiados. As cenas de UTIs lotadas têm sensibilizado a opinião pública. Outros 36% acreditam que as empresas deveriam comprar vacinas (a maioria para distribuir a funcionários e familiares e parte para doar ao SUS) e 21% advogam a doação de alimentos”, comenta Maurício.
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