Cientista inglês pede ajuda internacional para controlar variante brasileira da Covid-19; "o surto mais grave do mundo"
"Estou com medo, este é o fato. Alguém precisa assumir a liderança e mostrar que o Brasil está vigilante contra a variante P1, se não teremos uma pandemia global ainda pior", avisou.
Fernanda Carvalho/Praia de São Sebastião-SP/Fotos PublicasO ex-professor de Harward Eric Feigl-Ding fez um alerta sobre a variante P.1 do coronavírus, descoberta em Manaus, durante uma entrevista. Segundo o cientista, que foi um dos primeiros do mundo a chamar atenção para a gravidade do novo coronavírus em 2020, sem ajuda internacional para controlar a doença, a variante brasileira do vírus pode se espalhar e provocar uma nova pandemia no planeta.
O epidemiologista afirmou que tem participado de conversas nos Estados Unidos (EUA) sobre formas de o país auxiliar o Brasil e cobrou união internacional para auxiliar o país na superação da crise. “É o surto de Covid mais grave já registrado no mundo, pelas dimensões do Brasil e pelo fato de ainda não ter chegado em um pico de mortes”, avaliou, em entrevista à CNN.
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"A crise brasileira é um risco para a estabilidade global. O mundo não está entendendo ainda o quão grave é a variante P1, identificada primeiro em Manaus, e que já está em vários outros lugares do planeta. É mais transmissível que a variante britânica, de acordo com as pesquisas", continuou.
O estudioso acredita que os EUA têm condição de enviar doses de vacinas para o Brasil, como a de Oxford, mas isso demanda uma negociação que envolve a política externa dos dois países. “Seria um acordo como o empréstimo de doses que foi feito há uma semana para México e Canadá. Mas lá na frente poderia ser perdoado o empréstimo e virar uma doação de fato, mas precisa de política”, alertou.
Para ele, os estados brasileiros devem buscar ajuda internacional independente do governo federal. "Estou com medo, este é o fato. Alguém precisa assumir a liderança e mostrar que o Brasil está vigilante contra a variante P1, se não teremos uma pandemia global ainda pior", avisou.
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