Bolsonaro inclui academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais
Bolsonaro inclui academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto, nesta segunda-feira (11/5), que inclui academias, salões de beleza e barbearias na lista de serviços essenciais. Há a ressalva, porém, de que as determinações do Ministério da Saúde devem ser obedecidas.
Confira:
- Atividades essenciais:
- Academias de esporte, salões de beleza e barbearias. pic.twitter.com/kDNgcC77os
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 11, 2020
Na semana passada, Bolsonaro já havia incluído construção civil e atividades industriais na lista, com a intenção de preservar essas categorias em decretos restritivos feitos por prefeitos e governadores.
"Saúde é vida. Academias, salões de beleza e barbearias foram incluídas em atividades essenciais", disse o presidente, ao retornar para o Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira.
Quando questionado sobre a decisão do presidente, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou não ter conhecimento da medida e que a mesma não passou pela pasta.
"Se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se contaminem, se criar condições e pré-requisitos para que você não exponha pessoas a risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de alguma coisa. Agora, tratar isso como essencial, é um passo inicial, que foi decisão do presidente, que ele decidiu. Saiu hoje isso? Falou agora?", disse Teich, em entrevista coletiva. "Isso aí não é... Não passou; não é atribuição nossa. Isso é uma decisão do presidente", completou.
Também nesta segunda, Bolsonaro afirmou que o combate ao novo coronavírus precisa ocorrer de forma paralela à questão do emprego: "Vou repetir. Questão da vida do vírus tem que ser tratado paralelamente com o emprego".
O presidente voltou a defender o "isolamento vertical", o que restringiria a circulação apenas de pessoas em grupos de risco - como idosos e portadores de outras doenças como cadiopatias e diabetes -, e negou que os decretos sobre atividades essenciais sejam uma tentativa de burlar as decisões de governadores e prefeitos sobre distanciamento social.
"Eu não burlo nada, saúde é vida", concluiu, acrescentando que "desemprego mata".
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