Saúde

Aumento de casos da Covid-19 no Ceará pode afetar a Bahia? Fique por dentro

Ceará registrou 599 novos casos de Covid-19 em uma semana

Por Dinaldo dos Santos

Aumento de casos da Covid-19 no Ceará pode afetar a Bahia? Fique por dentroAumento de casos da Covid-19 pode estar relacionado à circulação de sublinhagens da variante Ômicron. Foto: Ilustração | Pexels

O aumento significativo dos casos de Covid-19 acendeu um alerta na saúde pública no estado do Ceará, e a situação fez a população voltar a conviver com medidas adotadas em pleno auge da pandemia, entre os anos de 2020 e 2022.


De acordo com boletim da Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (Sesa), na segunda quinzena do último mês de novembro, o estado registrou 599 novos casos em apenas uma semana. Apesar do número, o panorama não foi o mesmo da pandemia e não provocou óbitos.


Contudo, o uso de máscaras descartáveis, a preocupação com a higienização das mãos e o isolamento de infectados voltaram a ser recomendados por médicos e especialistas, com o objetivo de conter a disseminação da doença e evitar um cenário preocupante.


Foto: Ilustração | Pexels


A imunização da população continua sendo o medicamento mais eficaz para o controle da doença. Segundo a Sesa, a vacina disponível contra a Covid-19, no momento, é a monovalente do laboratório Moderna, que apresenta proteção para subvariantes da ômicron e pode ser utilizada em todas as faixas etárias acima de seis meses.


Boletim 


Em boletim atualizado na última sexta-feira (20), a Sesa informou que, até a semana epidemiológica (SE) 50 de 2024, foram registrados 26.620 casos de Covid-19.


Ao longo do ano, conforme o boletim, tanto a quantidade de casos quanto a taxa de positividade apresentaram uma diminuição até a 18ª SE. A partir da 19ª SE, houve um aumento na proporção de positividade de exames, que chegou a 13,0% na 21ª SE. 


Após esse pico, o boletim indica que a taxa de positividade diminuiu nas semanas seguintes, embora com algumas variações. A partir da SE 44, é possível observar um crescimento exponencial na quantidade de casos e na taxa de positividade, que atingiu 55,0% na SE 50.


O número de casos de Covid-19 registrados por semana epidemiológica foi de 7.636 casos na SE 49 para 5.714 na SE 50.  Esse aumento recente, segundo a Sesa, pode estar relacionado à circulação de duas sublinhagens da variante Ômicron, a XEC e a LP.8.1.


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SITUAÇÃO NA BAHIA


O problema no Ceará acontece às vésperas das festas de final de ano, período de muitas confraternizações em famílias e grupos de trabalho. A reportagem do Aratu On entrou em contato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) para saber como se encontra o cenário da doença no estado.


“No momento, aqui na Bahia, a gente continua com o número de casos dentro da curva esperada”, garantiu a coordenadora de imunização da Sesab, Vânia Rebouças. Ela informou que, até o final da primeira quinzena de dezembro, foram registrados cerca de 23 mil casos de Covid-19 na Bahia, com 145 óbitos.


“Quando fazemos uma análise em relação às nossas semanas epidemiológicas, ao longo de 2024, a gente não observa, nas últimas semanas, nenhum tipo de aumento de casos sustentado”. explicou.


Foto: Reprodução | GOVBA


Ao contrário do que acontece no Ceará, segundo Vânia, a Bahia não apresenta um momento atípico de ocorrências, após o período crítico da pandemia. "Se for comparar, em 2023 tivemos 54.157 casos com 467 óbitos”, avaliou.


Ela acrescentou que esse número reduziu, significativamente, por conta das ações exitosas de vacinação, mas lembrou que é preciso manter a vigilância sempre ativa e muito sensível para os casos sintomáticos, enfatizando a necessidade da realização dos testes. 


“Somente assim, a gente vai, de fato, consegue identificar quais são as variantes que estão circulando em nosso território”, destacou.


Vânia Rebouças informou que, até então, na Bahia, foi identificada apenas uma amostra da variante XEC, mutação subvariante da Ômicron. “Foi um caso leve que não trouxe sintomas graves. Os sintomas foram característicos, observados em outras linhagens”, disse.


Dados registrados, ao longo dos últimos anos, têm aspectos tranquilizadores, diante dos números atuais. A série histórica baiana observada pela especialista, demonstra que o momento é mais animador que preocupante.


“Em 2020, nós tivemos mais de 490 mil casos de Covid-19; em 2021, mais de 770 mil casos; em 2022, mais de 498 mil; em 2023, mais de 54 mil casos. Agora, estamos fechando 2024 com pouco mais de 22.760 casos”, comparou.


Mesmo com a manutenção de um ambiente dentro da curva esperada, a técnica da Sesab sinalizou para a importância de manter um sistema de vigilância epidemiológica em alerta nos 417 municípios baianos. “Nós temos um vírus que tem mutação genética rápida [...] a gente não pode viver em uma zona de conforto”, lembrou .


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