Atenção, calvo! Anvisa suspende minoxidil e manda recolher cosméticos
O requerimento da Anvisa suspendeu e mandou recolher produtos à base de minoxidil
Por Lucas Pereira.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a produção de produtos com minoxidil e mandou recolher diversos tipos de cosméticos nesta segunda-feira (8). Segundo publicação no Diário Oficial da União de hoje, dois produtos foram classificados como irregulares pela agência.

Foi solicitado o recolhimento do Tônico Capilar Minoxi Turbo Glammour Professional, da empresa Gammour Professional Ltda – Me. A medida ainda suspendeu a sua comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e o seu uso, pois o produto foi registrado como cosmético, mas sugere em seu rótulo as mesmas indicações do medicamento Minoxidil, afirmando que o tônico "estimula o crescimento capilar, estimulante do crescimento de barba, cabelo e bigode”.
Outro item atingido pela ação fiscal foi o Macho Alfa Minoxidil Turbo 15%, fabricado por Douglas Rafael Oliveira da Silva – CNPJ: 23.464.671/0001-09. O produto não possui registro na Anvisa e que deve ser apreendido, também está proibido de ser comercializado, distribuído, fabricado, divulgado e usado.
As ações da Anvisa foram adotadas, pois o Minoxidil é o princípio ativo de um medicamento que só deve ser utilizado sob orientação médica. A resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 529/2021 lista a substância como não permitida para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
Anvisa mira outros produtos
A Agência também determinou a apreensão de todos os cosméticos da marca Sabô Ageless e da Maquiagem Capilar da marca Bangna, bem como a proibição da sua comercialização, distribuição, produção, divulgação e do seu uso. Os produtos, que são de empresas desconhecidas, estão sendo fabricados e anunciados sem possuir registro como cosméticos.
Outros produtos que devem ser apreendidos são o Acta BTI, vendido como larvicida biológico, de origem desconhecida, e os da empresa Gasparelo Produtos de Limpeza e Higiene Ltda. Também estão proibidas a sua comercialização, distribuição, fabricação e divulgação, além do seu uso.
O motivo da determinação da Anvisa é que esses produtos não foram registrados na Agência como saneantes.
Vale lembrar que em abril, a Agência emitiu um alerta sobre o risco de hipertricose — crescimento excessivo de pelos — em bebês expostos ao minoxidil, medicamento utilizado no tratamento contra a queda de cabelo.
Segundo a Anvisa, o risco está relacionado ao contato da pele dos bebês com áreas do corpo onde o produto foi aplicado. Casos foram registrados em países da Europa, e, após análise, a agência solicitou que os fabricantes incluam em suas bulas a informação sobre o possível efeito adverso em casos de exposição acidental.
Ainda nesta segunda-feira,a Anvisa publicou o registro da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan no Diário Oficial da União. O documento oficializa a conclusão do processo regulatório e permite a produção e comercialização do imunizante, batizado de Butantan-DV.

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