Bolsonaro defende cloroquina e critica vacinas para a Covid-19: 'não têm comprovação científica'

Em entrevista durante viagem ao Vale da Ribeira - região entre o sul de São Paulo e o Leste do Paraná -, nesta sexta-feira (4/9), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. 

"Só uma curiosidade: onde eu trabalho, no prédio da presidência, mais de 200 servidores pegaram o vírus. A maioria, pelo que eu fiquei sabendo, talvez seguindo o meu exemplo - a imprensa sempre acha que eu sou mau exemplo - tomaram [a cloroquina] e nem para o hospital foram", afirmou.

Na ocasião, ele sugeriu, ainda, que o médico que não receita o medicamento, como forma de tratar a Covid-19, seja trocado pelo paciente que ficar insatisfeito. 

Bolsonaro admitiu que não há comprovaão científica do benefício da cloroquina para o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus, mas disse que o mesmo ocorrer no caso das vacinas: "Mas não tem outra coisa. Agora, as vacinas, que não têm comprovação científica, querem obrigar a aplicar no povo. Não vou obrigar nada, não, 'pô'".

Até o momento, nenhum estudo científico comprovou benefícios do uso do remédio para os pacientes com Covid-19. Em relação às vacinas, há mais de 170 em desenvolvimento no mundo todo, das quais aproximadamente 30 já passam por testes em humanos. Os resultados têm sido publicados em revistas científicas de maior prestígio na área médica, como a The Lancet. O tempo de duração da imunidade, ou da infecção pelo vírus, ainda são analisados.

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