No Brasil, 3.771 cidades registram casos de Covid-19. Nesta terça-feira (26/5), em entrevista coletiva, o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, apontou uma tendência de interiorização da pandemia. No dia 27 de março, 5,3% dos municípios tinham casos confirmados. No dia 25 de abril, o índice subiu para 30,9%, e em 25 de maio, para 67,7%.
No recorte por região, o maior percentual de cidades com casos confirmados é o Norte, com 83,8%. Em seguida vêm Nordeste (79,9%), Sudeste (63,4%), Sul (56%) e Centro-Oeste (50,3%).
O Brasil é o 2º país em número de casos da doença, mas o 51º em incidência, quando a quantidade de pessoas infectadas é analisada proporcionalmente à população. O país ocupa a 6ª posição em número absoluto de mortes e fica em 14º em mortalidade, quando esses óbitos são comparados com o total da população.
Macário afirmou que os números mostram o Brasil em uma curva ascendente, tanto no número de casos quanto no de mortes. Já outros países com grande número de casos e mortes já estão em uma trajetória ou de estabilização ou descendente.
Na avaliação por região, o Norte apresenta essa dinâmica ascendente. O estado com maior número de pessoas infectadas, o Amazonas, já apresenta uma inflexão, com redução do número de mortes por semana. Mas o secretário substituto ponderou que ainda é cedo para falar que já está se passando o pico da pandemia no Amazonas.
TESTES
O Ministério da Saúde adquiriu 13,9 milhões de testes de laboratório (PCR). Mas, segundo informou a pasta, deste total, 4,77 milhões foram entregues até o momento, sendo que 3,12 milhões já foram distribuídos aos laboratórios nos estados. Até agora, foram realizados 460,1 mil testes, ou seja, menos de 10% do total comprado pelo ministério.
Em laboratórios privados, já foram processados 411,7 mil exames. Quando reunidos, os laboratórios públicos e privados, o total fica em 871,8 mil. Já os testes rápidos tiveram 6,66 milhões de kits distribuídos.
Eduardo Macário afirmou que a diferença entre a contratação e o recebimento de testes se deve à dificuldade operacional de aquisição.
“A gente não compra 14 milhões de teste deste nível na esquina. Temos que programar aquisição. A maioria destes exames é importada. Além do processo de produção tem a vinda e estamos passando por um problema de transporte aéreo. Mas todos os cronogramas entregues estão sendo cumpridos”, disse.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde divulgado na segunda-feira (25/5), a Covid-19 infectou 374.898 brasileiros. Desse total, 153.833 estão recuperados. A doença provocou 23.473 óbitos. Os dados desta terça ainda não haviam sido compartilhados pela pasta até a publicação desta matéria.
EM TEMPO – BRASIL SUPERA EUA
O Brasil superou os Estados Unidos no registro de mortes diárias pelo novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, 807 novos óbitos foram registrados nesta última segunda-feira (25/5), enquanto que nos EUA, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) divulgou 620 mortes no balanço oficial.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado que a América do Sul havia se tornado o "novo epicentro" da pandemia, e destacou o Brasil como o país mais afetado da região. A entidade também chamou a atenção para o fato de o Brasil ter tido o segundo maior número de novos casos registrados nas duas últimas semanas, superado apenas pelos EUA.
Em dados gerais, os Estados Unidos continuam como o país mais afetado pela Covid-19 mundialmente. São mais de 98 mil mortes e mais de 1,6 milhão de casos confirmados. Já o Brasil, está em sexto lugar no número de óbitos da doença, com mais de 23 mil mortes, e em segundo lugar no número de casos, sendo mais de 374 mil, até o último boletim divulgado.
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Fonte: Da redação, com informações da Agência Brasil