TSE deve fortalecer ações contra assédio eleitoral em empresas
O magistrado também fez uma série de ponderações sobre as notícias falsas e considerou que, atualmente, campanhas têm utilizado novas modalidades de fake news
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer combater ainda mais o assédio eleitoral em empresas no período de campanha. O presidente da corte, Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quinta-feira (13/10), que o TSE irá acelerar as ações para apurar o aumento de denúncias desse tipo de crime, em que empregadores fazem apelos para candidaturas específicas.
"Essa atuação será mais efetiva, mais rápida, porque não é possível que, em pleno século 21, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto", declarou o magistrado durante a sessão.
O presidente da Corte Eleitoral também citou exemplos da prática no ambiente de trabalho. "Alguns empregadores [estão] coagindo, ameaçando, concedendo benefícios para que seus funcionários votem em determinado candidato", apontou. Até o momento, o Ministério Público do Trabalho recebeu 197 denúncias de assédio eleitoral.
Moraes ainda disse que comandantes de polícias militares relataram, em reunião realizada após a sua posse como presidente do TSE, que empregadores fizeram propostas para comprar documento de identificação de eleitores para que eles fossem impedidos de votar. "Isso é crime eleitoral. Isso vai ser combatido e continua a ser combatido", declarou.
O magistrado também fez uma série de ponderações sobre as notícias falsas e considerou que, atualmente, campanhas têm utilizado novas modalidades de fake news.
"A primeira delas é a manipulação de algumas premissas verdadeiras, que junta várias informações que aconteceram chegando a uma conclusão falsa. A segunda é a utilização de mídias tradicionais para plantar fake news e, a partir disso, as campanhas replicam dizendo que ´é uma notícia´", afirmou.
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