Tarcísio diz que 'centro-direita vai dar um indulto' a Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (10) que “qualquer candidato” da centro-direita concederá indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Tarcísio, a medida representaria um “fator de pacificação” para o Brasil.

“Se for necessário, eu tenho certeza de que qualquer candidato que nós temos nesse bloco de centro-direita vai dar um indulto, e esse indulto vai ser negociado. Porque o que é importante agora é que isso vai ser visto como um fator de pacificação. Deixar essa agenda de lado, porque temos uma agenda importante”, afirmou o governador, em coletiva de imprensa.

Tarcísio diz que Bolsonaro é inocente

Apesar da fala, Tarcísio disse acreditar que o indulto não será necessário, porque o ex-presidente irá provar sua inocência. “Eu acredito que ele [Bolsonaro] é inocente e vai conseguir provar a inocência dele ao longo do processo. Então, a primeira coisa que eu entendo é que o presidente é inocente e vai ser inocentado e aí não vai ser necessário o indulto”, declarou.

A declaração ocorreu durante entrevista coletiva na capital baiana, onde Tarcísio também comentou as tarifas impostas ao Brasil pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump.

O questionamento sobre o indulto surgiu após declarações do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que sugeriu que o candidato à Presidência da ala bolsonarista em 2026 deveria garantir o perdão ao pai mesmo que fosse necessário o “uso da força”. Tarcísio evitou endossar a retórica, mas reforçou a necessidade de superar o debate judicial em torno do ex-presidente.

O processo contra Bolsonaro foi citado como um dos motivos que motivaram a recente retaliação dos Estados Unidos ao Brasil, com a aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros. O ex-presidente está inelegível até 2030.

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Tarcísio avalia prioridades

Tarcísio, cotado como possível candidato ao Palácio do Planalto em 2026, defendeu a retomada de uma agenda positiva para o país. “Temos uma agenda importante, como reforma política, longevidade, financiamento do SUS e medidas fiscais que vão nos fazer avançar”, enumerou.

Para ele, o ambiente institucional precisa ser restabelecido. “Essas coisas se resolvem na base do diálogo, mas eu acredito na inocência do presidente”, disse. E concluiu: “Tenho certeza de que é pacífico que a gente precisa encerrar esse assunto para poder dar um salto com um país pacificado.”