STF julga denúncia contra acusados de integrar núcleo golpista
Segundo a acusação, esse grupo foi responsável por promover ações estratégicas de desinformação
Por Da Redação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, nesta terça-feira (6), o julgamento de mais uma etapa da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, vai decidir se aceita a denúncia contra sete investigados apontados como integrantes do chamado "núcleo 4" do plano golpista.
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Segundo a acusação, esse grupo foi responsável por promover ações estratégicas de desinformação para "desacreditar as urnas eletrônicas e o processo eleitoral, além de constranger integrantes das Forças Armadas a aderir ao complô golpista".
Ainda de acordo com a PGR, há indícios de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Palácio do Planalto tenham sido usados para "promover desordem social e coagir opositores", como parte de um esforço para manter Bolsonaro no poder.
O núcleo é composto por:
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Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército)
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Ângelo Martins Denicoli (major da reserva)
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Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente)
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Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel)
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Reginaldo Vieira de Abreu (coronel)
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Marcelo Araújo Bormevet (policial federal)
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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)
Se a maioria dos ministros votar pelo recebimento da denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a ação penal no STF. Nessa fase, as defesas terão acesso integral às provas reunidas pelo Ministério Público, além do direito de apresentar testemunhas, requerer novas diligências e contestar os argumentos da acusação.
O Supremo já tornou réus os integrantes de outros dois núcleos investigados no caso: o "núcleo 1", que inclui Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e outros 32 aliados; e o "núcleo 2", composto por seis acusados de planejar ações para subverter o resultado das eleições de 2022.
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