Silêncio da prefeitura deixa R$ 200 mil parados na saúde de Central

Um repasse de R$ 200 mil destinado à saúde segue sem utilização pela gestão de Central, na microrregião de Irecê, Centro-Norte da Bahia. A denúncia foi feita em vídeo publicado nas redes sociais pelo presidente municipal do MDB, Rubens Bonfim, que afirma não ter recebido retorno após comunicar oficialmente a necessidade do cadastro da emenda ao prefeito da cidade, Iko (PT).

“R$ 200 mil para a saúde central. Não obtivemos sequer um não como resposta. Pode ser pouco, mas pode salvar uma vida”, disse Bonfim contando da inutilização da verba destinada pelo deputado federal Diego Coronel (PSD).

Segundo ele, o recurso poderia ser aplicado em diferentes frentes: exames, manutenção de serviços de saúde ou até a compra de veículo para atender povoados. O levantamento do emedebista mostra que R$200 mil serviria para custear 17 ressonâncias ou tomografias, além de 100 radiografias por mês durante um ano.

A verba, que foi conquistada pelo grupo da oposição, foi ignorada pela gestão do prefeito Iko, o que gerou questionamentos sobre o comprometimento com as necessidades do município. “Independente das questões políticas, nós buscamos recursos para a população. Sabemos que saúde é uma área crítica, mas não foi aceito. Não obtivemos sequer um não como resposta, simplesmente o silêncio.”

Repercussão na Câmara

Durante sessão ordinária na Câmara de Central, o presidente da Casa, Suesdras de Carvalho Dourado (PT), teria classificado a emenda da oposição como de valor pequeno. 

“Pode ser pouco, presidente, de fato, mas eu desafio quem conseguir um recurso desse direcionado à saúde, até agora. Uma tomografia pode revelar um câncer, uma ressonância pode diagnosticar uma doença grave. Pode ser pouco, mas pode salvar uma vida. É uma fala infeliz, desumana”, condenou Rubens.

O presidente municipal do MDB encerrou o vídeo afirmando que lamenta a perda do recurso e responsabilizou a gestão pela falta de interesse.