Secretário de Segurança da Bahia revela 'modus operandis' das facções

O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, disse que as facções criminosas que atuam estado adotam um "modus operandis" similar ao das organizações criminosas de outros locais do país. Como característica, ele detalha o grande poderio bélico, tarefas internas bem definidas e crimes violentos.

A Bahia tem sofrido o impacto das ações de grupos criminosos como o Bonde do Maluco (BDM) e o Comando Vermelho (CV), que têm gerados cenários como troca de tiros e sequestros, vivenciados pela população em Salvador e outras cidades.

"Temos o ecossistema do crime com domínio do solo, do transporte, da segurança, da internet, de todos os serviços de uma forma geral e com a hiperconectividade forte com a lavagem de dinheiro", disse o secretário, em seminário no Congresso Nacional da Cobrapol, realizado nesta quinta-feira (10), em Salvador.

Desafios

Werner ainda explicou que o combate ao crime organizado precisa levar em consideração três principais eixos: "integração, inteligência e investimento". O titular da pasta estadual de Segurança Pública destacou a importância da integração entre as forças de segurança, do trabalho de investigação criminal feito pela Polícia Civil e do investimento para aquisição de tecnologia de ponta para combater as facções criminosas.

"Compramos agora armamento de ponta de Israel. Fizemos 35.593 prisões, com 12.500 armas apreendidas, uma média de 15 armas por dia apreendidas. O trabalho em equipe é fundamental para combatermos a violência no nosso Estado e no nosso país", concluiu o secretário da SSP-BA.