Rui Costa abre caminho para saída do PP da base governista com possível filiação de Bolsonaro ao partido; “tragédia”
Atualmente, o PP tem o vice-governador da Bahia, João Leão. Rui, no entanto, evita falar em "rompimento". “Não existe rompimento com as pessoas", pontua.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), indicou a possibilidade de afastamento do PP caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se filie ao partido. Nesta quarta-feira (13/10), embora rechace o rótulo de rompimento, ele disse que “a situação fica muito complicada”.
“Eu vou conversar essa semana ainda com o PP. Se isso se materializar, a situação fica muito complicada, uma aliança na chapa majoritária. Não é fácil isso. Nós precisamos discutir. Espero que isso não se materialize”, declarou, durante assinatura de ordem de serviço para reforma, ampliação, modernização e construção de 24 escolas em Salvador.
Ele disse que a conversa deve ocorrer antes desta sexta-feira (15/10), quando viaja. O intuito é “buscar uma alternativa” para a situação.
“Vou conversar com o vice-governador João Leão para a gente pensar alternativas possíveis, se essa hipótese acontecer. É uma tragédia. Esse presidente tem mais de 70% de rejeição no Nordeste, na Bahia ele chega a quase 80%. Acho que os parlamentares do PP não desejarão estar ao lado de alguém com essa rejeição. Seria difícil até para os deputados serem eleitos por essa sigla”, explicou.
“Não existe rompimento com as pessoas. Vamos buscar alternativas para essa situação. Não tem nenhum rompimento previsto. Nossa relação continua excepcional”, acrescentou.
No início desta semana, o líder do PP na Câmara, deputado federal Cacá Leão, afirmou que, mesmo com a iminente ida de Bolsonaro para o partido, o intuito é que a sigla permaneça apoiando Rui – vale lembrar que o parlamentar é filho do vice-governador João Leão (PP).
Embora não tenha oficializado a ida ao PP, Bolsonaro está cada vez mais próximo de se filiar ao partido comandado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Reportagem publicada nesta última terça-feira (12/10) pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, aponta que os progressistas discutem com o PL a possibilidade de formar uma federação para disputar a eleição no próximo ano.
A ideia com a união é robustecer a bancada no Congresso e fortalecer a sigla para reeleger o presidente. Um dos empecilhos para a aliança é, contudo, a possível chegada de Bolsonaro.
O PL tem uma série divisões internas e alguns grupos do partido têm sinalizado interesse em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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