Professora baiana recorre ao STF após tornozeleira descarregar em sala

A professora Luciana Dôrea, de 53 anos, da rede municipal de ensino de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, recorreu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para solicitar que não seja presa após sua tornozeleira eletrônica ter ficado desligada por 17 minutos devido à falta de carga.

Luciana responde a processo por participação nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, e chegou a ficar presa na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.

De acordo com publicação do Metrópoles, Luciana escreveu carta de próprio punho e enviou ao STF. Ela relatou ter esquecido o carregador da tornozeleira em casa no dia 14 de março e, ao perceber o aviso de bateria fraca, saiu da escola onde leciona e retornou rapidamente para carregá-la.

“Declaro que diariamente costumo levar na bolsa do trabalho o carregador da tornozeleira e que nessa data, ao sentir a tornozeleira avisando que precisava de carga, não havia colocado na bolsa. E que, ao sair do trabalho, chamei um Uber para que me levasse para casa para imediatamente colocar para carregar, dando os exatos 17 minutos”, escreveu.  

A docente, que dá aulas de história nas escolas municipais Vila Vargas e Clélia das Graças, afirmou ainda: “Desde então, passei a ter ainda mais atenção e cuidado para não ocorrer novamente”.

A defesa da professora também se manifestou no processo, pedindo que não seja decretada nova prisão: “Diante do exposto, requer que sejam aceitas as justificas pelas supostas violações da tornozeleira eletrônica e o afastamento de qualquer possibilidade de prisão da requerente".

O caso segue sob análise do Supremo.

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