Prefeitura dá ultimato e apresenta data para reajuste da tarifa de ônibus em Salvador
Desta forma, o valor deve subir de R$ 4,40 para R$ 5.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), voltou nesta quarta-feira (9/2) a pressionar o Governo Bolsonaro para oferecer subsídios a Salvador e às maiores cidades do Brasil a fim de evitar o reajuste na tarifa do ônibus.
Segundo ele, caso isto não ocorra até 15 de março, o Palácio Thomé de Souza vai anunciar o aumento da passagem. Desta forma, a expectativa é que o valor deva subir de R$ 4,40 para R$ 5.
“Nós, prefeitos do Brasil, estamos aguardando o Governo Federal. Se até 15 de março não vier uma ajuda, terá que haver o reajuste. Daremos o reajuste em conjunto no Brasil”, garantiu, irritado, em coletiva de imprensa concedida na capital baiana.
Bruno não gostou da reiteração da recomendação dada na última terça-feira (8/2) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que Salvador tenha 100% da frota de ônibus disponibilizada em horários de pico – das 05h às 08h; das 08h às 12h e das 15h às 21h.
De acordo com o prefeito, o parquet não pode “impor ou sugerir determinações que não podem ser cumpridas”, uma vez que, segundo ele, com o fim da concessão à Concessionária Salvador Norte (CSN), as empresas OT Trans e Plataforma, que compõem o Consórcio Integra, já operam com todos os veículos disponíveis.
“Não tem como aumentar mais frota, porque não tem ônibus. Não tem ônibus!”, desabafou. “De um lado, não tem como pagar essa conta e, do outro lado, não tem equipamento disponível”, emendou.
Ele reforçou que a crise gerada pela pandemia da Covid-19 asseverou a crise do transporte público em Salvador, um dos principais calos enfrentados por ele e pelo ex-prefeito ACM Neto (DEM).
“Hoje, a tarifa não remunera mais o sistema. O sistema é deficitário”, defendeu-se. Ele argumentou que, atualmente, o sistema transporta apenas 60% dos passageiros do que costumava registrar no pré-pandemia.
Bruno Reis indicou que, no período da pandemia, a Prefeitura gastou R$ 196 milhões somente com o sistema de ônibus, entre compra de crédito de passagem, indenização de trabalhadores e gestão da CSN.
Ainda nesta quarta, ele disse que haverá uma reunião entre membros da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para discutir sobre o tema. Salvador, argumenta ele, aguarda subsídio de R$ 64 milhões por parte da gestão federal.
O prefeito ainda falou sobre a votação da PEC dos Combustíveis, no Senado. Dentre os pontos do texto, há a proposta de um fundo para auxiliar os municípios a custear o serviço. “A gente espera que este fundo resulte em recursos que possam ser permanentes para que o transporte público seja subsidiado no Brasil”, afirmou.
“Se continuar do jeito que vai, as outras empresas vão entregar o sistema para a prefeitura, e é muito complicado uma prefeitura gerir o transporte público”, concluiu.
LEIA MAIS: Casos graves e óbitos por H3N2 apresentam redução na Bahia
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.