PRD-Solidariedade se afasta de Lula, enquanto na Bahia se aproxima do PT
Federação PRD-Solidariedade foi anunciada como um grupo de centro, mas na Bahia partidos se aproximam de Jerônimo Rodrigues
Por João Tramm.
A federação PRD-Solidariedade foi anunciada, em junho, como um novo componente da centro-direita da política nacional. Apesar disso, na Bahia a nova junção caminha para o sentido oposto, se aproximando ainda mais da gestão Jerônimo Rodrigues.
Segundo o presidente do Solidariedade no estado, o deputado estadual Luciano Araújo, cada diretório regional tem “total independência” e que o alinhamento da federação com Jerônimo Rodrigues na Bahia “já foi alinhado”. O parlamentar ainda afirmou que outros estados também seguem na bancada petista, e que este movimento divergentes “não enfraquece, pelo contrário cresce”.
A federação sedimentou uma baixa na bancada do governo Lula, já que o Solidariedade foi a primeira legenda a se juntar com os integrantes do grupo ‘Brasil da Esperança’ (PT-PV-PdoB), ainda nas eleições de 2022. No entanto, desde fevereiro o presidente nacional da legenda, Paulinho da Força, passou a criticar Lula, tendo como movimento final desse afastamento o anúncio da relação com o PRD.
Com a união das legendas, Ovasco Resende, do PRD deve ficar à frente do grupo, enquanto Paulinho da Força na vice-presidência. Essa é a quinta federação que se forma no Brasil, a estratégia existe para sobrevivência das legendas ante a cláusula de barreira que tenta reduzir o número de partidos no país.
Liderança do PRD-Solidariedade na Bahia:
Ainda no União Brasil, o deputado estadual Marcinho Oliveira conversa com novos partidos para ingressar na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), dentre eles o PRD. Caso a mudança se concretize, Marcinho está cotado para assumir a liderança interna da federação.
Do outro quem queira o nome do presidente do Solidariedade, o deputado federal Luciano Araújo, agora à frente das duas legendas. O próprio parlamentar assumiu, ao Aratu On, que está posto para ocupar a presidência da federação. O parlamentar ainda informou que ambos estão dialogando com Marcinho e aliados para compor a chapa e decidir quem vai ficar à frente do partido.
Luciano Araújo ainda afirmou que ambos os grupos chegam fortes e que estão contentes com a federação, com perspectiva de eleger 6 deputados estaduais e 2 federais em 2026. Hoje o PRD não conta com cadeiras na Casa Legislativa, enquanto o Solidariedade tem dois deputados estaduais, Pancadinha e o próprio Luciano Araújo, que quer tentar a recondução na Casa.
A expectativa é que as escolhas dos comandos estaduais sejam feitas após a homologação da federação pelo TSE. A partir desta etapa, a legenda, como um todo, vai passar pela fase das eleições regionais.
Questionado pelo Aratu On, Marcelo Oliveira disse ter recebido a informação até com certa surpresa. Segundo alegou, por ainda não fazer parte do partido, não tem como saber o que está sendo discutido internamente.
Soma da legenda:
Câmara dos Deputados: 10 cadeiras (5 do PRD, 5 do Solidariedade)
Governos estaduais: Amapá (Clécio Luis, do Solidariedade)
Prefeituras: 140 (77 do PRD, 63 do Solidariedade)
Assembleia Legislativa da Bahia: 2 cadeira do Solidariedade
Prefeituras na Bahia: 7 (4 do Solidariedade, 3 do PRD)
São elas: Entre Rios (Manoelito Argola - Solidariedade); Piritiba (Leandro Belitardo, Solidariedade); São Félix (Zé Geraldo, Solidariedade); Nova Fátima (Assis Porto, Solidariedade); João Dourado (Di Cardoso, PRD); Filadélfia (Dr. André, PRD); Umburanas (Fabrício Lopes, PRD)
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