PDT deixa base de Bruno Reis e volta ao grupo de Jerônimo

O PDT da Bahia oficializou, nesta quarta-feira (30), a sua saída da base de apoio do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil). A decisão marca o retorno do partido ao grupo político liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), em evento realizado na capital baiana com a presença do chefe do Executivo estadual.

A mudança foi confirmada pelo presidente estadual da sigla e deputado federal, Félix Mendonça Jr. Antes do início do evento, o parlamentar afirmou à imprensa que a decisão foi respaldada por uma ampla maioria dos prefeitos do interior ligados ao partido, mas não teve adesão dos vereadores de Salvador.

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“Diria que existe [o diálogo]. 90% ou mais dos prefeitos querem essa aproximação com o governo. 90% dos vereadores não querem, ou 100% dos vereadores de Salvador, os do interior querem. Então, apenas Salvador é que não vai ter nenhuma adesão. Todos esses vereadores estão com o governo que a gente apoiou, que foi o governo de Bruno Reis”, indicou.

Questionado se o partido exigiria cargos na nova aliança com o Governo do Estado, Félix Mendonça negou qualquer tipo de negociação administrativa. Segundo ele, o foco do PDT é o fortalecimento da legenda nas eleições de 2026.

“Não conversamos nada sobre isso, nada sobre espaço no governo do estado. Nosso compromisso é político eleitoral, é partidário, ou seja, a gente tem um compromisso de eleger no mínimo três deputados federais pelo PDT e o crescimento do partido em todo o estado que não tem ocorrido e que a gente quer voltar a crescer o partido”, disse.

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Félix também afirmou que a relação com o prefeito Bruno Reis seguirá rumos distintos, em uma separação que ele classificou como pacífica e sem atritos.

“A relação fica em caminho opostos, ou seja, Bruno Reis tem o chefe dele e nós vamos entrar em outro grupo político”, concluiu.

Apesar da mudança de rumo, o deputado ressaltou que a saída ocorreu de maneira respeitosa. Ele explicou que o pedido de exoneração de sua irmã, Andrea Mendonça, da Secretaria do Mar, foi motivado por coerência política diante da nova aliança.

“Andrea ocupava um cargo mais político, e, diante das conversas do PDT para ingressar na base do governo do Estado, não poderíamos deixar o prefeito numa situação politicamente desconfortável. Continuamos respeitando e admirando o trabalho de Bruno, a quem apoiamos e contribuímos para as duas vitórias eleitorais dele na Prefeitura de Salvador”, declarou Félix.