Muniz pede diálogo e alerta para impacto da greve de professores em Salvador

Presidente da Câmara, Carlos recebe sindicato e cobra consenso para fim da greve de professores em Salvador

Por Da Redação.

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), voltou a pedir diálogo e bom senso para pôr fim à greve de professores em Salvador, que estão paralisados desde o dia 6 de maio. Em reunião realizada nesta segunda-feira (19), Muniz recebeu representantes da APLB-Sindicato, que reivindicam a retirada de pauta do projeto de reajuste salarial enviado pelo Executivo, com o objetivo de promover um debate mais amplo.

“Na realidade, nossa obrigação aqui é uma obrigação de colegiado e não da vontade só de um vereador. Expliquei aos professores que, se eles quiserem, colocaremos a lei em plenário para apreciação, amanhã, para saber dos colegas se retiramos ou não da pauta. Afinal, isso aí não pode ser uma vontade só minha, tem que ser uma vontade do colegiado, da Câmara Municipal de Salvador”, afirmou o presidente sobre a greve de professores em Salvador.

Muniz se reuniu com sindicato para tratar greve de professores em Salvador | Foto: Antonio Queirós/CMS

Na última sexta-feira (17), a prefeitura de Salvador encaminhou à Câmara um projeto de lei que propõe reajustes escalonados para o magistério:

  • 9,25% para Nível 1 / Referência A
  • 6,65% para Nível 1 / Referência B
  • 6,27% para Nível 1 / Referência C
  • 6,27% para o quadro suplementar do Magistério Público

A proposta tem gerado insatisfação entre os profissionais, que defendem o pagamento integral do piso salarial para toda a categoria. A vice-coordenadora do sindicato, Marilene Betros, afirmou que os professores foram surpreendidos pela medida, sem diálogo prévio.

“O prefeito não apresentou nenhuma proposta de como iria recuperar essas perdas para chegar até o piso salarial. A categoria estava aberta a discutir como se procederia para chegar até esse piso, mas infelizmente ele envia para a Câmara uma proposta que não contempla de jeito nenhum ao que foi reivindicado. Assim, nós estamos aqui mobilizados, fazendo um apelo aos vereadores, encaminhando documento onde explicamos o motivo por que esse PL não nos atende e fazendo o apelo para que ele não seja votado da forma como entrou”, destacou.

O projeto do Executivo está sendo analisado pelas comissões conjuntas de Constituição e Justiça (CCJ), Finanças, Orçamento e Fiscalização (CFOF) e Educação. Muniz assegurou que os trâmites estão sendo seguidos com rigor, sem atropelo.

“Até porque, espero que a vontade dos professores e dos servidores em geral sejam realizadas, mas não depende só da Câmara de Vereadores, e sim da negociação que eles estejam fazendo com o Executivo Municipal”, pontuou.

Professores acusam prefeitura de não cumprir lei do piso salarial | Foto: Instagram/@aplbsindicatobahia

Segundo Muniz, o prefeito Bruno Reis (União) garantiu, durante reunião, que todos os professores passariam a receber o piso salarial por meio da proposta escalonada. “Tive uma reunião com ele sobre isso e nos foi encaminhado um projeto em que há um escalonamento em relação à categoria de cada um, em que ele garantiu que todos os professores estariam ganhando o piso, que é exigência da categoria”, explicou.

Nesta terça-feira (20), Muniz reforçou que a Câmara poderá pautar o projeto ainda nesta semana, a depender do parecer das comissões. “Se houver um parecer favorável, nós iremos pautar o projeto para votação na quarta-feira (21) ou na quinta-feira (22), como determina o regimento. Mas, se for contrário, não poderemos votar”, informou.

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O vereador também lamentou que tentativas de intermediar o diálogo entre o secretário de Educação, Thiago Dantas, e o sindicato tenham fracassado para finalizar a greve de professores em Salvador. “Nós tentamos fazer com que o secretário de Educação dialogasse com o sindicato para que existisse uma solução. Mas, ainda espero que isso aconteça e o mais rápido possível”, conclamou.

Muniz alertou ainda para os impactos sociais da greve. “Com certeza, deixa de ser um problema educacional e passa a ser um problema familiar, pois as mães quando vão trabalhar não têm onde deixar seus filhos que, na maioria das vezes, ficam nas escolas. Então, esse problema familiar tem que ser resolvido o mais rápido possível”, ressaltou.

Por fim, reiterou que o bom senso deve prevalecer. “Temos que ver não apenas um lado, mas todos os lados da moeda com bom senso. Se a Prefeitura tem condições de acatar o que é reivindicado pelos professores, também”, finalizou.

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