Luiz Mott critica Isidório após fala transfóbica de deputado: 'Inimigo da população LGBT'
Pré-candidato à prefeitura de Salvador proferiu ataques transfóbicos à deputada Erika Hilton (PSB-SP) em Congresso Nacional: "homem, mesmo cortando a binga, não vai ser mulher"
Reprodução/ Redes sociais
Fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e professor de Antropologia, Luiz Mott classificou como "inimigo da população LGBT" o deputado federal Isidório de Santana Júnior (Avante), conhecido como Pastor Sargento Isidório, depois de o congressista proferir ataques transfóbicos à deputada Erika Hilton (PSB-SP) e à comunidade trans nessa terça-feira (19/9), na Câmara Legislativa, no Distrito Federal. "Isidório já era para ter sido cassado e nos poupado de tanta baixaria", afirmou Mott, que exigiu severidade do Conselho de Ética de Brasília.
Na situação desta terça no Congresso, em sessão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Adolescência e Família, Isidório se referiu a Érika, que é uma mulher trans, como "amigo" e afirmou: "homem nasce com binga, portanto, com pinto, com pênis. Mulher nasce com cocota, tcheca, sua vagina. Mesmo com direito à fantasia, homem, mesmo cortando a binga, não vai ser mulher".
"Isidório é ridículo, fala muita besteira, que é ex-gay, ex-usuário de droga", disse Mott em entrevista ao Aratu On nesta quarta-feira (20/9). O ativista defendeu que Érika deve ser tratada como mulher e comentou a pré-candidatura de Isidório à prefeitura de Salvador, pela terceira eleição consecutiva. "Reflete, infelizmente, o baixíssimo nível do eleitorado baiano".
TORTURA
O professor também destacou acusações sobre a clínica de tratamento e acolhimento de dependentes químicos dirigida por Isidório, Fundação Doutor Jesus, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. "A clínica foi denunciada como campo de concentração que tortura gays e trata alguns usuários com extrema discriminação", contou o fundador do GGB. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apura as acusações.
Se compreendida como discriminação por identidade de gênero, a fala de Isidório pode ser enquadrada como racismo, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de equiparar ofensas à comunidade LGBTQIAPN+ ao crime de injúria racial. Esse último já havia sido equiparado à punição de racismo pelo STF.
PROJETO
Após as ofensas de Isidório à Erika, a sessão da comissão foi suspensa. Na sessão, era discutido o projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil. A votação sobre o projeto foi adiada para a próxima quarta-feira (27/9). Os parlamentares decidiram que será necessária uma audiência pública que vai ouvir quatro pessoas contras e quatro pessoas a favor do projeto.
LEIA MAIS: Isidório ataca deputada trans em sessão na Câmara: ‘Homem, cortando o pênis, não vai ser mulher’
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Na situação desta terça no Congresso, em sessão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Adolescência e Família, Isidório se referiu a Érika, que é uma mulher trans, como "amigo" e afirmou: "homem nasce com binga, portanto, com pinto, com pênis. Mulher nasce com cocota, tcheca, sua vagina. Mesmo com direito à fantasia, homem, mesmo cortando a binga, não vai ser mulher".
"Isidório é ridículo, fala muita besteira, que é ex-gay, ex-usuário de droga", disse Mott em entrevista ao Aratu On nesta quarta-feira (20/9). O ativista defendeu que Érika deve ser tratada como mulher e comentou a pré-candidatura de Isidório à prefeitura de Salvador, pela terceira eleição consecutiva. "Reflete, infelizmente, o baixíssimo nível do eleitorado baiano".
TORTURA
O professor também destacou acusações sobre a clínica de tratamento e acolhimento de dependentes químicos dirigida por Isidório, Fundação Doutor Jesus, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. "A clínica foi denunciada como campo de concentração que tortura gays e trata alguns usuários com extrema discriminação", contou o fundador do GGB. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apura as acusações.
Se compreendida como discriminação por identidade de gênero, a fala de Isidório pode ser enquadrada como racismo, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de equiparar ofensas à comunidade LGBTQIAPN+ ao crime de injúria racial. Esse último já havia sido equiparado à punição de racismo pelo STF.
PROJETO
Após as ofensas de Isidório à Erika, a sessão da comissão foi suspensa. Na sessão, era discutido o projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil. A votação sobre o projeto foi adiada para a próxima quarta-feira (27/9). Os parlamentares decidiram que será necessária uma audiência pública que vai ouvir quatro pessoas contras e quatro pessoas a favor do projeto.
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