Líderes do governo e oposição na Alba não chegam a consenso e CPI da Coelba não sai do papel; entenda
Autorizada desde o dia 18 de novembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar "ações e omissões" da Coelba ainda não saiu do papel. As bancadas de governo e oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) não chegaram a um acordo para as indicações à presidência e relatoria.
O líder do governo na Casa, Rosemberg Pinto (PT), publicou no Diário Oficial seus indicados, mas o líder da oposição, Sandro Régis (DEM), recusa-se a enviar os nomes para compor o colegiado enquanto o petista não recuar.
Há um entendimento na Alba de que a relatoria fique com o autor do requerimento da CPI, o deputado Tum (PSC), mas para Régis, apesar de oficalmente ser oposição, Tum vota com o governo. "Não vou deixar eles dominarem tudo", afirmou em entrevista ao site local BNews.
O nome mais cotado para a oposição indicar para a presidência da CPI é o do deputado Tiago Correia (PSDB). Os apoiadores do governo, por outro lado, tendem a indicar Vítor Bonfim (PL).
ENTENDA
A proposta da 'CPI da Coelba' foi apoiada por 31 deputados, 10 a mais que o mínimo necessário, e o colegiado será composto por oito membros titulares e quatro suplentes. A Comissão funcionará por até 180 dias.
Nas justificativas, Tum questiona a pouca transparência na composição dos preços cobrados aos baianos, além dos "prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo, sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o fornecimento de energia".
O deputado afirmou que nos primeiros quatro meses de 2021, a Coelba registrou lucro líquido de 10 bilhões de reais, mesmo liderando o ranking de reclamações do Procon e é mal avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A CPI vai questionar também a falta de um plano de expansão da rede, para atender novas localidades, incluindo ligações do programa Luz para Todos.
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