Política

Justiça arquiva inquérito contra diretora da Fundac em denúncia por suposta coação para voto em 'time do 13'

Para o juiz representante da Justiça eleitoral, as investigações deixam claras “a ausência de justa causa para deflagração da ação penal”

Por Matheus Caldas

Justiça arquiva inquérito contra diretora da Fundac em denúncia por suposta coação para voto em 'time do 13'
O juiz Benício Mascarenhas Neto, da 14ª Zona Eleitoral da Bahia, determinou arquivamento de inquérito policial contra a diretora-geral da Fundação da Criança e do Adolescente da Bahia (Fundac), Regina Affonso de Carvalho. Ela era investigada por suposto assédio para que funcionários da autarquia estadual votassem em candidatos do PT, na eleição municipal de 2020.
O magistrado acolheu manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que pediu arquivamento do procedimento. Para o juiz representante da Justiça eleitoral, as investigações deixam claras “a ausência de justa causa para deflagração da ação penal”.
Segundo os registros, que constam em relatório policial, a partir de denúncia feita ao Ministério Público do Trabalho, Regina Carvalho teria feito uso indevido dos contatos telefônicos de mais de 200 servidores estaduais para assediá-los a votar “num determinado candidato eleitoral ao governo do Estado da Bahia nas eleições de 2020”, diz trecho da sentença. O nome do candidato não é citado, e vale lembrar que, em 2020, foram realizadas eleições municipais, não estaduais.
Segundo os denunciantes, foi criado, no WhatsApp, um grupo denominado "Nosso time é 13". Ela teria promovido, ainda, encontros, reuniões e passeatas durante o período eleitoral.
O grupo no aplicativo de mensagens realmente existe, conforme corroborado pelo MPE. No entanto, há “carência de elementos comprobatórios da coação, da intimidação e do temor aos servidores subordinados”. Ainda de acordo com o órgão ministerial eleitoral, “os prints enviados não demonstram nada disso e sequer houve a identificação dos servidores submetidos a intimidação, devendo ainda ser pontuado que o próprio representante quis manter-se de forma sigilosa”.
Procurada pela reportagem do Aratu On, a diretora da Fundac, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o posicionamento já está contemplado pelas informações presentes na decisão da Justiça eleitoral.

PERFIL DA DIRETORA


Regina de Carvalho é diretora-geral Fundac, autarquia da Secretaria de Justiça e Diretos Humanos, desde janeiro de 2015.
Militante na área dos Direitos Humanos, Regina Affonso atuou no “Comitê Brasileiro de Anistia” e no Grupo “Tortura Nunca Mais.
Em Vitória da Conquista, foi secretária particular do prefeito Guilherme Menezes, coordenadora-geral do “Programa Conquista Criança”; além de conselheira e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), no período de 1997 a 2003, quando foi atuar no Governo Federal, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Também atuou como chefe de gabinete na Secretaria de Relações Institucionais, quando o ministro da pasta era Jaques Wagner, de 2005 a 2006. Foi Secretária particular do gabinete de Wagner enquanto governador, entre 2007 e 2014.
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