Justiça aceita denúncia contra membros de grupo de Binho Galinha
Filipe dos Anjos Santana, Iggo César Barbosa, Ioná Santos Silva e Jackson Macedo Araújo Júnior foram alvos da Operação Patrocínio Indigno; eles são apontados como membros do grupo liderado por Binho Galinha
Por Lucas Pereira.
A Justiça aceitou a denúncia contra quatro pessoas ligadas ao grupo criminoso que atua em Feira de Santana, supostamente chefiado pelo deputado estadual Binho Galinha. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), os denunciados teriam tentado obstruir as investigações a partir do apagamento de dados.
Os denunciados teriam ligação com a organização criminosa que seria chefiada pelo deputado Binho Galinha. Foto: Instagram
Filipe dos Anjos Santana (conhecido como Sabino), Iggo César Barbosa, Ioná Santos Silva e Jackson Macedo Araújo Júnior (conhecido como ‘Macaco’) foram alvos da Operação Patrocínio Indigno, deflagrada em novembro de 2024. Um deles é advogado de um dos presos na Operação El Patrón.
De acordo com as investigações, Jackson, que já havia sido denunciado pelo MP, enquanto estava preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Salvador, repassou o login e a senha de sua conta de armazenamento em nuvem por meio de um celular, fornecido por seu advogado, Iggo César. As informações teriam sido repassadas a Ioná Santos, companheira de “Macaco”, que tentou apagar os arquivos digitais remotamente. Sem sucesso, ela teria solicitado a ajuda de Filipe dos Anjos para concluir a destruição das evidências.
"Operação Patrocínio Indigno"
A “Operação Patrocínio Indigno” é desdobramento da "Operação El Patrón" que, em dezembro de 2023, desarticulou o grupo criminoso acusado por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.
No dia 7 de dezembro de 2023, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação El Patrón, com o objetivo de desarticular uma sofisticada organização criminosa supostamente liderada pelo deputado Binho Galinha, em Feira de Santana. Segundo as investigações, o grupo era especializado em práticas ilícitas como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
As investigações revelaram que a organização movimentou mais de R$ 100 milhões ao longo de uma década. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões em bens, incluindo fazendas, imóveis urbanos, veículos e contas bancárias de empresas ligadas ao grupo. Além disso, seis delas tiveram suas atividades suspensas.
A esposa de Binho Galinha e um dos assessores do parlamentar foram presos durante as investigações.
- Em dezembro de 2023, a Justiça denunciou a esposa de Binho, Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, e o filho deles, João Guilherme Cerqueira, 18.
- Em fevereiro deste ano, a polícia prendeu um dos assessores de Binho Galinha na Assembleia Legislativa (AL-BA), Bruno Borges França, de 43 anos.
- - Em março, Mayana teve a prisão domiciliar decretada e, no mês seguinte, a prisão foi convertida para preventiva, durante deflagração da Operação Hybris, um desdobramento da Operação El Patrón, em Feira de Santana.
A "El Patrón” é uma operação integrada pelo MPBA, por meio do Gaeco, Polícia Federal, Receita Federal e Secretaria de Segurança Pública, por meio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral (Force).
Binho Galinha seria chefe de uma milícia que atua em Feira de Santana. Foto: Divulgação
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