Jerônimo fala sobre união entre facções em Salvador: 'Estou em cima'
Ao ser questionado sobre o caso, Jerônimo afirmou que está focado no combate à criminalidade
Por Da Redação.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou, nesta quarta-feira (30), a suposta união entre as facções criminosas Tropa do A e Primeiro Comando da Capital (PCC), celebrada com queima de fogos em diversos bairros de Salvador. Ao ser questionado sobre o caso, o chefe do Executivo estadual afirmou que está focado no combate à criminalidade no estado.
"Eu trato do meu papel, eles cuidam deles, se preparam para a gente poder dar conta da responsabilidade. Estou fazendo um concurso, estou abrindo capacitação, estou comprando equipamento, entregando armamento, nossa palavra é essa. [...] Eu falo da minha parte, eles se cuidam deles porque eu estou em cima dessa ação", declarou Jerônimo em entrevista ao portal Comunidade On.
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A aliança entre as duas organizações criminosas foi interpretada como um movimento estratégico: o PCC teria absorvido a Tropa do A e assumido o controle do tráfico em áreas como São Marcos, Pau da Lima, Jardim Cajazeiras e Sussuarana — antes sob domínio da facção baiana.
Sinais da ruptura entre a Tropa do A e o Comando Vermelho (CV) já vinham sendo observados. Há cerca de uma semana, circulou nas redes sociais um vídeo em que traficantes da Tropa debocham após encontrarem um fuzil supostamente deixado por membros do CV durante uma fuga. A gravação foi feita na Ladeira da Independência, nas imediações do Hospital Municipal. “Presentinho para 'A Tropa’”, diz um dos criminosos no vídeo.
Originária do bairro de São Caetano, em Salvador, a Tropa do A ficou conhecida nacionalmente após protagonizar uma rebelião violenta na Penitenciária Lemos de Brito, no Complexo da Mata Escura. O grupo também se notabilizou pelo uso da imagem do personagem Mickey como símbolo entre seus membros.
A Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia ainda não divulgaram nota oficial sobre a suposta aliança entre as facções.
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