Jerônimo defende fim da escala 6x1 e vislumbra 'carga horária humanizada'

Entre os 39 parlamentares da bancada baiana, 13 manifestaram apoio

Por Da Redação.

Jerônimo defende fim da escala 6x1 e vislumbra 'carga horária humanizada'Gabriela Silva/GOVBA

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1, de autoria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), ganhou defesa do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que se posicionou favorável à medida nesta quarta-feira (13/11), durante evento em Salvador.

O petista defendeu “carga horária humanizada”, semelhante à adotada em outros países. “Tenho certeza que a Câmara Federal encontrará uma saída para não haver prejuízos econômicos, que é o que uma frente que defende isso dialoga, mas que também não haja a continuidade de um comportamento de que as pessoas, a classe trabalhadora não tenha a oportunidade de um lazer, de um descanso, de cuidar da família e da sua saúde”, afirmou.

A PEC prevê a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo o limite de oito horas diárias, o que exigiria a alteração do inciso XIII do artigo 7º da Constituição. “Eu tenho uma boa expectativa, eu tô acompanhando a votação da assinatura do documento para encaminhar ao Congresso e eu espero que o Congresso, mais uma vez, faça um bom debate sobre isso”, declarou o governador.

A afirmação de Jerônimo vai na contramão da opinião do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que entende haver outras prioridades a serem discutidas no Congresso. 

"Tem matérias muito mais importantes e prioritárias do que estar ressurgindo assuntos polêmicos, tentando cada vez mais acirrar os ânimos entre os que são a favor e contra determinado assunto. O que eu defendo é consenso, equilíbrio, ação, resultado, entrega. Infelizmente, há essa falta de conexão entre o Congresso e a realidade brasileira", disse nesta quarta.

Apesar da explanação de Bruno, o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), aliado do prefeito de Salvador, afirmou que o partido apoiará a PEC.

A proposta já reuniu 194 assinaturas dos 513 deputados federais, 23 a mais do que o mínimo necessário para iniciar sua tramitação na Câmara dos Deputados. Entre os 39 parlamentares da bancada baiana, 13 manifestaram apoio. Veja abaixo:

  • Alice Portugal (PCdoB)
  • Lídice da Mata (PSB)
  • Pastor Sargento Isidório (Avante)
  • Bacelar (PV)
  • Daniel Almeida (PCdoB)
  • Raimundo Costa (Podemos)
  • Elisangela Araújo (PT)
  • Ivoneide Caetano (PT) Jorge Solla (PT)
  • Joseildo Ramos (PT)
  • Josias Gomes (PT)
  • Valmir Assunção (PT)
  • Waldenor Pereira (PT)

Enquanto os parlamentares aliados ao presidente Lula endossam a proposta, os deputados de oposição, principalmente do PL, propõem continuidade da escala 6x1, mas apresentaram outra alternativa. A PEC, de autoria do deputado Maurício Marcon (Podemos-RS), sugere que o empregado tenha liberdade para escolher entre o regime estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e um modelo alternativo baseado em horas trabalhadas.

Até o momento, dois deputados federais pela Bahia apoiam este texto: Roberta Roma e Capitão Alden, ambos do PL.

 

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