Haddad diz que governo discute 'providências criminais' contra fake news sobre taxação do Pix
Segundo Haddad, há registros de golpes em que comerciantes estão cobrando valores indevidos de clientes que tentam realizar pagamentos via Pix
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (15), que o governo federal está considerando "consequências criminais" para aqueles responsáveis pela disseminação de fake news sobre a taxação do Pix. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual também foram discutidos golpes envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos.
Segundo Haddad, há registros de golpes em que comerciantes estão cobrando valores indevidos de clientes que tentam realizar pagamentos via Pix, alegando uma suposta taxação, o que caracteriza um crime contra a economia popular. O ministro detalhou que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi envolvida para tomar as providências legais necessárias, incluindo ações judiciais contra os responsáveis por essas práticas fraudulentas.
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"A AGU foi envolvida para tomar providências judiciais contra os golpistas, porque muita gente divulgando fake news está patrocinando organizações criminosas no país, que estão atuando enviando boletos para a casa das pessoas, cobrando a mais indevidamente, dizendo que está sendo taxado quando não está", afirmou Haddad, destacando que tais ações envolvem crimes contra o consumo.
Haddad também comentou a queda nas transações do Pix nos primeiros dias de janeiro de 2025. | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O ministro também foi questionado sobre a possibilidade de um pronunciamento oficial do governo sobre o tema, mas afirmou que isso ainda não foi discutido. Ele destacou que o presidente Lula pediu medidas judiciais cabíveis, sempre dentro dos limites da lei, para combater os crimes associados às notícias falsas.
Queda nas transações
Haddad também comentou a queda nas transações do Pix nos primeiros dias de janeiro de 2025, sugerindo que o fenômeno é uma questão sazonal, observada a cada início de ano. Segundo ele, o Banco Central está monitorando a situação e, até o momento, não há indícios de problemas estruturais no sistema de pagamentos. "Em janeiro caem as movimentações do Pix na comparação com dezembro, é sazonal. Quando você considera a sazonalidade, não tem havido problemas", explicou o ministro.
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