Governo Trump contrata avião da Gol para deportar brasileiros dos EUA
Governo Trump contrata avião da Gol para deportar brasileiros dos EUA; programa permite que imigrantes ilegais retornem voluntariamente ao seu país
Por Laraelen Oliveira.
A companhia Gol Linhas Aéreas participou essa semana de um ato histórico nunca visto no mundo. A empresa foi contratada pelo governo da administração Trump para transportar brasileiros que optaram por deixar voluntariamente o país. Esse serviço era proibido para aeronaves oficiais americanas.
O programa estadunidense permite que imigrantes em situação irregular, não sejam detentos caso escolham voltar ao seu país de origem de forma voluntária, recebendo cerca de US$1 mil, como ajuda financeira. Apesar da tentativa de acordo, as pessoas que embarcarem continuaram registradas como deportadas.
Companhias aéreas, como Latam e Azul não foram consultadas para participar desta operação.
O voo, operado em um Boeing 7378 Max-8, partiu de Alexandria, na Louisiana, um dos principais polos de deportações nos EUA, e fez uma escala em Punta Cana, na República Dominicana, para reabastecimento. A chegada estava prevista para o Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, no dia 27 de agosto de 2025, às 18h20.
Em nota, a Gol destacou que o fretamento foi realizado como qualquer outro voo comercial, sem distinção nos serviços oferecidos, priorizando a segurança e o conforto dos passageiros que aderiram ao programa do US CBP (Customs and Border Protect.
Posse de Trump e deportação de imigrantes ilegais
A posse de Donald Trump, em janeiro de 2025, foi marcada por uma cerimônia grandiosa em Washington, com a presença de autoridades políticas, convidados internacionais e um forte esquema de segurança. O evento simbolizou o retorno do republicano à Casa Branca e reforçou o tom nacionalista e rígido de sua campanha, que tinha como uma de suas principais bandeiras o endurecimento das políticas migratórias nos Estados Unidos.
Já no segundo dia de governo, jornais americanos noticiaram que a nova administração preparava uma ampla operação contra imigrantes em situação irregular. As ações, planejadas para ocorrer em diversas cidades, tinham como objetivo acelerar processos de deportação e intensificar o controle das fronteiras. A notícia gerou apreensão entre comunidades imigrantes, especialmente a latina, que representa grande parcela da população em situação vulnerável no país.
As medidas repercutiram internacionalmente e provocaram fortes críticas. Entre as vozes mais influentes, o Papa Francisco classificou os planos de deportação em massa como uma “vergonha”, destacando que a dignidade e os direitos humanos deveriam estar acima de políticas de exclusão. A declaração do pontífice ecoou em diferentes países, ampliando o debate sobre a condução da política migratória americana e seus impactos globais.
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