‘Geddel não vai para cargo nenhum’, diz Lúcio Vieira Lima

Após vídeos sobre segurança pública de Geddel Vieira Lima repercutirem, irmão nega que ele tenha pretensões políticas

Por João Tramm.

O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) refutou qualquer possibilidade de retorno político de seu irmão, Geddel Vieira Lima. Nos últimos dias, o ex-ministro voltou a chamar atenção após publicar uma série de vídeos apoiando o governo no combate a segurança pública. 

"Geddel não vai para cargo nenhum. Ele é apenas um bom cidadão contribuindo com o debate público. Para fazer política não é preciso estar em cargo. Ele está apenas se posicionando, como muita gente faz por aí", declarou Lúcio ao Aratu On.

‘Geddel não vai para cargo nenhum’, diz Lúcio Vieira Lima; Foto: Valter Campanato/Agência Brasil; Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados

As publicações de Geddel, em sua maioria, criticavam as falas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto. O emedebista mostrava fotos de matérias negativas sobre violência que circulavam na época do governador Antônio Carlos Magalhães, a violência não piorou na Bahia.

Nomes da oposição chegaram a insinuar que as falas teriam sido encomendadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para melhorar a imagem da segurança no estado. A possibilidade gerou críticas, em especial pela imagem desgastada de Geddel pelo caso das malas de dinheiro encontradas pela Polícia Federal.

"Que nada. Isso é coisa que ACM Neto quer vender. Os vídeos não foram feitos a pedido de Jerônimo. Na verdade, o Geddel está criticando a postura do ex-prefeito, que critica por criticar, sem nenhum dado concreto. Quando se compara com a época de ACM, a segurança pública da Bahia não piorou", defendeu.

Geddel quer defender nome na Seap?

As falas ainda acontecem em meio às mudanças no sistema penitenciário, quando, no último sábado (26), o governador Jerônimo Rodrigues anunciou mudanças na estrutura da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Apesar das alterações em postos estratégicos, o governador manteve José Castro à frente da pasta, nome indicado pelo MDB em 2024.

Sobre especulações de que os vídeos buscariam fortalecer a permanência de Castro no cargo, Lúcio voltou a negar, inclusive, que haja crise nas penitenciárias:

"Isso não existe. Veja bem, pra haver fuga, a pessoa tem que estar presa. Fuga em presídio acontece, porque ninguém quer estar lá. Mas não há crise. Aconteceu algo fora do comum? Alguma rebelião? Isso é parte do cotidiano do sistema penitenciário, que abriga todo tipo de figura", indagou Lúcio.

Divulgação/Gov.ba

O líder do MDB, fez referência ao caso que aconteceu no último final de semana no estado de Goiás, governado por Ronaldo Caiado, aliado de ACM Neto. Um preso fugiu da Casa de Prisão Provisória de Rio Verde quando iria passar por audiência de instrução, mas a Polícia Penal recapturou o fugitivo na manhã seguinte.

Segundo Lúcio, casos que acontecem na Bahia como esses são pontuais: "Se fugissem dez presos por dia, seria uma tragédia. Mas isso não acontece. São situações isoladas. Não há crise", finalizou.

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