Em live, Bolsonaro rebate acusações sobre 7 de Setembro: "Houve separação clara entre atos"
Outro tema abordado pelo presidente na live foi a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o piso salarial da enfermagem.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu, nesta última quinta-feira (8/9), em sua live semanal, as acusações de que cometeu abuso de poder em decorrência da forma como se envolveu nos atos do 7 de Setembro na capital federal e no Rio de Janeiro. Segundo o chefe do Executivo federal, isso não ocorreu, porque pagou todas as suas despesas e "houve uma separação clara entre o ato cívico-militar e o ato do lado de fora".
De acordo com Bolsonaro, esta última quarta-feira (7/9) "foi um dia especial para o Brasil, onde o povo compareceu em massa". Ele classificou a manifestação do qual participou em Copacabana, no Rio de Janeiro, como "uma perfeita sintonia entre o presidente da República e a população". "População esta que nós devemos lealdade e ponto final".
Ainda sobre o tema, disse que convidou todas as autoridades de Brasília, como os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para participarem do ato cívico-militar na capital federal e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia ter ido na manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo:
"Não estava proibido ninguém de não ir nesse evento [em Brasília]. Aonde foi o Lula? Ele podia ter ido na Paulista". A manifestação na Paulista foi organizada pelo movimento direitista Nas Ruas.
Segundo o chefe do Executivo federal, no ato com apoiadores em Brasília, "o povo vibrou com a simplicidade" sua e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, "com a verdade, aquilo que vem falando há muito tempo".
"O povo está cada vez mais ciente do que é o Poder Executivo, o Legislativo, o Poder Judiciário. Eles participam ativamente. Eles estão preocupados com o seu futuro, se lá na frente quem chegar a presidente vai defender a liberdade ou não. Eles sabem o que está acontecendo na Venezuela, na Argentina".
IMÓVEIS
Falando sobre a reportagem do portal UOL que investigou 107 imóveis comprados por familiares de Bolsonaro desde 1990, o presidente disse ter ligado para seus irmãos e parentes e avisado eles para terem cuidado porque será feita busca e apreensão nas casas deles "daqui a poucos dias, para ter aquele escândalo da mídia".
A ação, segundo o chefe do Executivo, será "para ver se tem indício da grana que o presidente mandou" para os parentes "para comprar 107 imóveis ao longo de 32 anos". Ele chamou a apuração do veículo de "trabalho sujo".
PISO DE ENFERMAGEM
Outro tema abordado pelo presidente foi a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o piso salarial da enfermagem.
"De forma monocrática o senhor Barroso pega e fala 'não, 4.600 é muito para enfermeiro'. Então, dá uma liminar no penúltimo dia contra o piso dos enfermeiros. Fiz a minha parte, querem botar agora na minha conta que eu trabalhei para derrubar o piso?", falou Bolsonaro. Ele lamentou a decisão do magistrado.
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