Em fala negacionista, Roma diz que Brasil não voltou ao mapa da fome; “narrativa de esquerda”
Diagnóstico, feito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e divulgado em julho, constatou que 61,3 milhões de habitantes do país enfrentam algum tipo de insegurança alimentar
Créditos da foto: Max Haack / divulgaçãoCandidato ao Governo da Bahia, João Roma (PL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), adotou discurso negacionista, ignorou o fato de 61,3 milhões de brasileiros sofrerem com algum tipo de insegurança alimentar e afirmou que a situação é “narrativa de grupos de esquerda”.
"Não adianta tentar enfiar uma narrativa de grupos de esquerda que tentam pintar um Brasil que não é o que nós estamos vivendo, muito pelo contrário: é motivo de orgulho para todos nós, que pelo terceiro mês está com deflação e bate recorde no número de empregos gerados, diferente da época do PT que desestruturou todo o Brasil e deixou muita gente desempregada na rua, na miséria", afirmou, em entrevista à Rádio Mix FM, na manhã desta terça-feira (20/9), em Salvador.
Ele se referiu ao estudo da rede Penssan que reúne pesquisadores de universidades e instituições de todo o país, e é uma referência no monitoramento da fome no Brasil e reconhecida pelas Nações Unidas. Segundo o levantamento, 33 milhões de pessoas no Brasil passam fome diariamente.
Outro diagnóstico, feito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e divulgado em julho, constatou que 61,3 milhões de habitantes do país enfrentam algum tipo de insegurança alimentar.
Um país entra no Mapa da Fome da FAO quando mais de 2,5% da população enfrentam falta crônica de alimentos. E a fome crônica no Brasil atingiu agora 4,1%.
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