Eduardo Bolsonaro se diz ‘maduro' para ser candidato a presidente

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou se considerar “maduro o suficiente” para ser candidato à presidência da República, mesmo morando nos Estados Unidos.

Em entrevista ao SBT, Eduardo Bolsonaro diz que a única chance de não ser candidatar é caso o pai, Jair Bolsonaro (PL), se lance como postulante à presidência. Inelegível, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão. “Na impossibilidade de isto ocorrer, apresento meu nome”, assegurou.

O filho do ex-presidente classificou a Justiça como “oposição” a Bolsonaro. Diante disto, ele afirmou que bancará a candidatura ao Planalto. “Caso eles forcem Jair Bolsonaro, que está na condição de refém, a tomar uma decisão, que obviamente não será livre, ainda assim permanecerei disposto a lançar minha candidatura”, declarou.

Com a tentativa de se lançar à presidência, Eduardo Bolsonaro também não descartou deixar o PL. “É o maior partido da Câmara, é o atual partido do presidente Bolsonaro, gostaria, por óbvio, de continuar, mas também entendo ser necessário haver um suporte”, condicionou.

Eduardo Bolsonaro na mira de Moraes

Indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, o filho de Bolsonaro segue nos Estados Unidos, mesmo com mandato de deputado federal no Brasil.

Nesta quinta-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre os pedidos de prisão preventiva contra Eduardo Bolsonaro. O prazo para a manifestação determinado pelo magistrado é de 5 dias.

No despacho, o ministro cita os pedidos dos deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Perone (Psol-RJ). Os parlamentares ainda solicitam o bloqueio de pagamentos de salários e verba indenizatória.

Eduardo Bolsonaro pressionado na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou a indicação de Eduardo Bolsonaro para liderança da minoria. 

A decisão foi publicada, uma semana depois de a oposição oficializar o nome de Eduardo para o posto. O parlamentar está nos Estados Unidos desde fevereiro e, embora tenha solicitado licença em março, o prazo para ausência justificada terminou em julho.

Desde fevereiro, Eduardo não retornou ao Brasil e tem buscado alternativas para permanecer fora do país sem perder o mandato.