Dólar cai após 'tarifaço' de Trump; Bolsa brasileira fica estável

Os mercados financeiros globais registram fortes quedas nesta sexta-feira (4), um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifas recíprocas. A medida gerou temores sobre uma possível recessão econômica nos EUA, pressionando bolsas e o dólar.

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O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a outras moedas globais, caiu quase 2% por volta das 13h30, atingindo seu menor patamar desde setembro. No Brasil, o dólar recuava 1,70%, sendo negociado a R$ 5,60.

As principais bolsas de valores ao redor do mundo operam no vermelho. Na Ásia, os mercados fecharam em forte queda, com o Japão registrando um recuo de quase 3%. Na Europa, as bolsas seguiam o mesmo caminho, com perdas na casa dos 2%. Nos Estados Unidos, o impacto foi ainda maior: o índice Dow Jones caía 3,49%, o S&P 500 recuava 3,85% e o Nasdaq sofria a maior perda, com desvalorização de 4,76%.

Dólar cai: possibilidade de recessão e inflação nos EUA

Os investidores reagem negativamente à possibilidade de que o aumento das tarifas encareça produtos importados pelos Estados Unidos, pressionando os custos de produção e impactando a inflação. O cenário preocupa o mercado, pois pode reduzir os lucros das empresas e dificultar o crescimento econômico do país.

Brasil se mantém estável

Apesar da turbulência global, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, mantém estabilidade e segue próximo dos 131 mil pontos. Analistas avaliam que as tarifas aplicadas ao Brasil, de 10%, foram as mais brandas entre as anunciadas, o que minimiza o impacto para o país.

Além disso, especialistas apontam que as novas tarifas impostas pelos EUA podem beneficiar exportadores brasileiros, que podem ganhar espaço no mercado global com o redirecionamento do comércio internacional.