Diretor do Ipac aponta falta de moradores como maior problema do Pelourinho
Segundo o diretor do Ipac, estudos realizados pelo órgão mostram que a desocupação do bairro histórico teve início nos anos 1990
Por João Brandão.
O diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), Marcelo Lemos Filho, destacou que a falta de moradores e circulação de pessoas é o maior problema enfrentado pelo Pelourinho atualmente. A declaração foi dada durante entrevista ao Linha de Frente, da TV Aratu.
Segundo Lemos, estudos realizados pelo órgão mostram que a desocupação do bairro histórico teve início nos anos 1990, quando uma política equivocada priorizou o turismo em detrimento da habitação local. “Infelizmente, na década de 90, houve uma visão atrasada de que o Pelourinho tinha que ser voltado para o turista. A ideia era transformá-lo em um grande shopping a céu aberto. Isso levou à retirada de moradores, mas o projeto não foi concluído”, afirmou.
O diretor do Ipac ressaltou que, com o passar dos anos, muitas pessoas que foram retiradas acabaram retornando ao local, mas em condições precárias. “Hoje, a gente percebe que as pessoas que foram retiradas estão voltando para o Pelourinho, mas não de forma saudável. E aí temos esse problema de ocupação”, explicou.
Lemos também defendeu que a presença de moradores e atividades comerciais é essencial para garantir mais segurança no centro histórico. “Quando você tem um bairro com pessoas circulando e movimentando a economia local, há mais segurança”, concluiu.
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