Deputados pedem apuração sobre morte da influenciadora digital Karol Eller
Deputados solicitam apuração sobre caso de "cura gay" após influencer cometer suicídio devido a retiros espirituais
Créditos da foto: Agência Brasil
Os deputados federais Erika Hilton (PSOL-SP), Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e o Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) entraram em contato com o Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (16/10), pedindo a apuração da morte da influenciadora digital Karol Eller e de uma possível prática da chamada "cura gay" realizada pela igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás. De acordo com a Policia Civil, a influenciadora cometeu suicídio consumado na última quinta-feira (12/10), aos 36 anos, no bairro do Campo Belo, zona sul da capital paulista.
Os deputados informaram por meio de documento oficial que a igreja evangélica é responsável pela realização do retiro de jovens Maanaim, que oferece práticas para “conversão” de jovens bissexuais e homossexuais à heterossexualidade. Esse tipo de prática denominada como "Cura Gay" é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999 por causar grandes problemas psicológicos em pessoas da comunidade LGBTQIAP+.
“Serve a presente [representação] para solicitar deste órgão [MPF] a apuração dos fatos narrados com a devida investigação da prática de ‘cura gay’ pelos representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cabíveis para a devida ação de tutela coletiva e a devida ação penal pública pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio pelas autoridades religiosas envolvidas”, consta o documento.
Através das suas redes sociais, o pastor e Deputado federal eleito pelo PSOL no Rio De Janeiro, Henrique Vieira, informou que o caso de Karol é uma tragédia e que já ouviu muitos relatos de Lgbts que foram expulsos de casa, de atividades ministeriais e que foram submetidos a ritos de exorcismo.
Discriminação na política
De acordo com o JusBrasil, em 2011, um projeto chamado "Cura Gay" foi protocolado pelo deputado federal do PSDB de Goiás, João Campos, na Câmara dos Deputado, para suspender a proibição feita pelo Conselho Federal de Psicologia, em 1999. Em 2013, o projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados, após muitos protestos e manifestações da Comunidade. No entanto, após 15 dias da aprovação, o Deputado João Gomes solicitou o cancelamento da proposta devido a manifestação feita pelo próprio partido.
Mesmo após cancelamento, alguns lugares ainda utilizam esse método inadequado como forma de tratamento. Fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e professor de Antropologia, Luiz Mott afirmou em entrevista ao Aratu On que a clínica para dependentes químicos Fundação Doutor Jesus, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, tem denúncias de torturar homossexuais.
A clínica tem 19 anos e é dirigida pelo deputado federal Isidório de Santana Júnior (Avante), conhecido como Pastor Sargento Isidório. O deputado é conhecido por suas falas homofóbicas. No mês passado, fez ataques transfóbicos à deputada Erika Hilton em sessão na Câmara Legislativa, no Distrito Federal.
*Com informações da Agência Brasil*
LEIA MAIS: Luiz Mott critica Isidório após fala transfóbica de deputado: ‘Inimigo da população LGBT’
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Os deputados informaram por meio de documento oficial que a igreja evangélica é responsável pela realização do retiro de jovens Maanaim, que oferece práticas para “conversão” de jovens bissexuais e homossexuais à heterossexualidade. Esse tipo de prática denominada como "Cura Gay" é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999 por causar grandes problemas psicológicos em pessoas da comunidade LGBTQIAP+.
“Serve a presente [representação] para solicitar deste órgão [MPF] a apuração dos fatos narrados com a devida investigação da prática de ‘cura gay’ pelos representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cabíveis para a devida ação de tutela coletiva e a devida ação penal pública pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio pelas autoridades religiosas envolvidas”, consta o documento.
Através das suas redes sociais, o pastor e Deputado federal eleito pelo PSOL no Rio De Janeiro, Henrique Vieira, informou que o caso de Karol é uma tragédia e que já ouviu muitos relatos de Lgbts que foram expulsos de casa, de atividades ministeriais e que foram submetidos a ritos de exorcismo.
O falecimento da Karol Eller é uma tragédia. Deixo minha solidariedade aos familiares e amigos. Que Deus conforte os seus corações.
A história da Karol se confunde com várias outras pessoas que passaram ou passam por essa violência chamada de “Cura Gay”. Algumas igrejas…
— Pastor Henrique Vieira (@pastorhenriquev) October 13, 2023
Discriminação na política
De acordo com o JusBrasil, em 2011, um projeto chamado "Cura Gay" foi protocolado pelo deputado federal do PSDB de Goiás, João Campos, na Câmara dos Deputado, para suspender a proibição feita pelo Conselho Federal de Psicologia, em 1999. Em 2013, o projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados, após muitos protestos e manifestações da Comunidade. No entanto, após 15 dias da aprovação, o Deputado João Gomes solicitou o cancelamento da proposta devido a manifestação feita pelo próprio partido.
Mesmo após cancelamento, alguns lugares ainda utilizam esse método inadequado como forma de tratamento. Fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e professor de Antropologia, Luiz Mott afirmou em entrevista ao Aratu On que a clínica para dependentes químicos Fundação Doutor Jesus, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, tem denúncias de torturar homossexuais.
A clínica tem 19 anos e é dirigida pelo deputado federal Isidório de Santana Júnior (Avante), conhecido como Pastor Sargento Isidório. O deputado é conhecido por suas falas homofóbicas. No mês passado, fez ataques transfóbicos à deputada Erika Hilton em sessão na Câmara Legislativa, no Distrito Federal.
*Com informações da Agência Brasil*
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