Deputados de oposição vão a CPI da Covid no RN para apuração sobre respiradores não entregues à Bahia
Foram ao Rio Grande do Norte os deputados Sandro Régis (DEM), Paulo Câmara (PSDB), Capitão Alden (PSL), Soldado Prisco (PSC), Tiago Correia (PSDB) e Robinho (PP)
Deputados da oposição da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) viajaram na manhã desta terça-feira (23/11) para Natal, onde terão, às 14h, uma reunião com parlamentares da CPI da Covid. O colegiado, dentre outras coisas, a carga de respiradores adquirida pelo Consórcio Nordeste e que nunca foi entregue a estados da região.
Líder da oposição na AL-BA, Sandro Régis repercutiu nas redes sociais sobre o caso. “Para buscarmos a verdade dos R$ 50 milhões que foram gastos e os respiradores não chegaram na Bahia e em nenhum estado do Nordeste. Como representante na Assembleia da sociedade no nosso estado, queremos saber a verdade e as respostas que tantos baianos precisam e procuram saber”, disse, por meio de publicação no Instagram.
Além de Régis, foram para o Rio Grande do Norte os deputados Paulo Câmara (PSDB), Capitão Alden (PSL), Soldado Prisco (PSC), Tiago Correia (PSDB) e Robinho (PP).
No ano passado, quando era presidido pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), o Consórcio comprou um lote de 300 respiradores por R$ 48 milhões. O portal Bahia Notícias trouxe à tona os depoimentos da sócia da Hempcare, Cristiana Taddeo, e do CEO da BioGeoenergy, Paulo de Tarso, representantes das empresas envolvidas na operação.
De acordo com a matéria, Tarso indicou que o secretário executivo do Grupo, Carlos Gabas, juntamente ao vice-governador João Leão (PP) e o ex-secretário Bruno Dauster (Casa Civil), o apresentaram ao suposto intermediário do governo baiano, Cleber Isaac.
Segundo Cristiana Taddeo, Isaac teria recebido uma comissão de R$ 3 milhões por ter facilitado a negociação com o Consórcio Nordeste. A relação entre ambos teria acontecido após uma ponte feita por um homem chamado Fernando Galante. Para isto, Cristiana teria pago o montante de R$ 9 milhões pela facilitação no contato.
O depoimento da empresária cita que Gabas, quando entrou em contato com ela, se identificou como “irmão de alma” do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, e pontuou que a cidade paulista precisaria de 30 respiradores, mas que não teria verba e o pedido teria vindo implícito. Reportagem da Veja diz que o Ministério Público apontou que o caso se tratava de propina disfarçada. Gabas negou em julho qualquer irregularidade e chamou a empresária de criminosa.
No início deste outubro, ele foi convocado pela CPI do Legislativo potiguar, mas permaneceu em silêncio durante o depoimento. Isto foi possível após a Justiça do estado conceder habeas corpus para que o ex-ministro não precisasse responder aos questionamentos dos deputados.
Em junho, ele teve convocação negada para depor na CPI da Covid, no Congresso. Três requerimentos com o mesmo conteúdo foram apresentados pelos senadores governistas Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) e Ciro Nogueira (PP-PI) – atual ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro.
No início de junho, Dauster adotou o mesmo expediente de Gabas e ficou em silêncio durante sessão da CPI.
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