Deputado federal afirma que respiradores não entregues causaram prejuízo milionário aos cofres públicos
Segundo o deputado federal, fraude no governo de Rui na Bahia também deixou de salvar muitas vidas
Por Da Redação.
O deputado federal Capitão Alden (PT-BA) afirmou nesta quinta-feira (1°), após a deflagração da segunda fase da Operação Cianose, que os valores desviados na aquisição de respiradores pelo Consórcio Nordeste causaram um prejuízo de milhões aos cofres públicos e impactaram a vida de pacientes baianos afetados pela Covid-19.
Para tentar recuperar os valores desviados, a Polícia Federal (PF) cumpre 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal, em estados como Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
“Eu fui o primeiro parlamentar, no dia 5 de maio de 2020, a denunciar o caso. Ninguém conhecia, nem sabia do que se tratava. Tudo o que falei se confirmou. Na Bahia mais de 20 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19, mas quantas delas poderiam ser salvas se esses respiradores tivessem chegado?”, questionou Alden.
O parlamentar, que na época da pandemia era deputado estadual, conseguiu reunir as 21 assinaturas necessárias para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Bahia, algo que muitos duvidavam ser possível.
Naquele período, a Bancada de Oposição ao Governo do Estado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) tinha menos deputados do que o necessário para completar a quantidade de assinaturas. No entanto, o processo não avançou, pois o pedido ficou parado na Presidência da Casa Legislativa.
ENTENDA O CASO
A operação Cianose investiga a contratação pelo Consórcio Nordeste – entidade que inclui os Estados da região de mesmo nome – de uma empresa para o fornecimento de 300 ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil. A ação acontece com apoio da Controladoria Geral da União (CGU).
A apuração mira em um contrato feito pelo consórcio, no valor de cerca de R$ 45 milhões, para a compra de 300 respiradores que nunca foram entregues. Uma operação chegou a ser deflagrada em 2020 pelo Ministério Público da Bahia, mas o caso foi enviado ao STJ depois que surgiram indícios da participação de Rui Costa (PT) nos fatos, à época, governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste.
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