Daniela Borges fala sobre papel da OAB e combate às fake news
Durante o Linha de Frente, a presidente da OAB, Daniela Borges, defendeu maior número de magistrados no interior e o combate a criminalização da advocacia
A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, foi a convidada do Linha de Frente desta quinta-feira (26), apresentado pelo jornalista Pablo Reis. Na entrevista, a doutora advogada, que foi reeleita para mais um mandato na Ordem, falou de pontos pertinentes que merecem os cuidados da Ordem dos Advogados do Brasil no estado. Dentre eles, a demanda por mais magistrados nas comarcas do interior é uma demanda importante para a gestora.
“Com certeza hoje, no interior, o principal problema é a falta de juízes e de servidores. Nós conseguimos ao longo desse triênio, a nomeação de juízes que estavam no cadastro de reservas do último concurso. Mas o déficit ainda é de 70 magistrados. E então, quando não se tem magistrado na comarca e na vara específica designada apenas para aquela vara, isso impacta muito o andamento da vara”, afirmou a presidente da Ordem, que salientou como este problema interfere também no andamento de outras comarcas.
“Um juiz designado em outro lugar e que vai atuar em substituição, ele fica ali ‘apagando incêndio’ e isso faz com que ele não efetue um bom trabalho nem naquela, nem a que está designado. Por mais que ele se dedique, não vai atender as demandas”, completou.
Sobre o combate às fake news, Daniela Borges afirmou as medidas tomadas pela OAB a este problema crescente e que tem atingido a reputação e a honra das pessoas do meio judiciário.
“Foi criado um site só para disseminar fake news. Então, todo dia era uma fake news nova e eu acho que o momento das eleições é um momento bacana para receber críticas. Mas tem que ser a partir do que é verdade e o que é realidade. Então a gente viu, de fato, essa prática que tem na verdade hoje ganhado espaço na política partidária indo para as eleições da OAB. Isso é lamentável, porque afeta a honra das pessoas com tantas inverdades e mentiras”, disse a presidente.
Prezando pela valorização da ética, Daniela Borges salienta que o combate a corrupção e má-conduta dos magistrados, não pode se confundir com a criminalização da atividade advocatícia.
“A OAB sempre atua pela valorização da ética, mas a gente também atua de uma maneira muito firme em relação à criminalização da advocacia. Da mesma maneira que a OAB suspendeu preventivamente um colega antes mesmo da operação ser deflagrada, a entidade vem também defendendo esses colegas em relação ao abuso ocorrido nas premissas (...) A fraude tem que ser combatida quando não se cumpre o código de ética, tem que ser rigoroso. Mas também lutamos contra a criminalização da advocacia, já que o advogado está ali para proteger o cidadão. Se criminaliza o profissional para que o cidadão não utilize a justiça”, concluiu.
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