“Capitã Cloroquina” recorre ao STF para ficar em silêncio durante CPI
Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, está com depoimento agendado para a próxima quinta-feira (20/5)
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, também conhecida como “capitã cloroquina”, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta a ela o direito de ficar em silêncio e de não produzir provas contra si mesma no depoimento à CPI da Covid.
O interrogatório está marcado para quinta-feira (20/5). Os advogados de Mayra Pinheiro, que é médica, entraram com um habeas corpus. O pedido é semelhante ao que a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou para o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
O argumento da defesa de Mayra Pinheiro para esse pedido de habeas corpus no STF é de que os depoentes estão sendo tratados com agressividade e que, por isso, eles precisam ter direitos preservados.
Mayra foi convocada para esclarecer o envolvimento dela no incentivo do uso da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada no tratamento da Covid, e mais especificamente qual foi o envolvimento dela no uso do medicamento em Manaus, dias antes do sistema de saúde pública do estado colapsar.
Os advogados de Mayra ainda solicitam o direito de participação na CPI, com a possibilidade de levantar questões de ordem junto ao presidente da Comissão. O pedido de habeas corpus também consta a possibilidade da oitiva ser suspensa se a médica não tiver os direitos preservados.
Na sexta-feira (14/5), o ministro Ricardo Lewandowski decidiu que Pazuello não precisará responder a perguntas na CPI que possam incriminá-lo. O ex-ministro deverá, no entanto, responder aos demais questionamentos feitos pelos senadores na comissão.
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